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Qual o preço da sobrevivência?

Uma empresa que não se renova, não procura por novidades, pode correr o risco de ficar para trás. Por isso, é importante que ela esteja sempre atenta às modernidades e preparadas para mudanças, pois assim estará à frente da concorrência. Entretanto, muitos negócios vêm mostrando dificuldade em procurar por serviços novos, isso porque ao se preocuparem em investir em inovação, acabam confundindo o fato de oferecer algo novo, por algo inédito. “Introduzir algo novo não necessariamente significa buscar por algo inédito. Inovar também é fazer algo que já existe de uma forma diferente”, explica Felipe do Val, sócio do restaurante Le Bou. “Vejo muita energia sendo gasta desnecessariamente na busca do inédito.”
Para que não haja tal desperdício, do Val afirma que é preciso ter uma percepção apurada na mudança de comportamento do cliente, acompanhar suas opiniões e necessidade e, só assim, medir a dose de inovação necessária. “Ser o primeiro nem sempre é a melhor estratégia. Conhecer o cliente é a ferramenta gerencial que apura a percepção do gestor e ajusta a dose de inovação”, adiciona. Ao estar atento às transformações do público-alvo, conseguindo oferecer a inovação precisa, o negócio garante a fidelização com os clientes atuais, e com os potenciais a chance de atraí-los e conquistá-los. “No fundo todos os clientes buscam por segurança, tanto em produto quanto em serviço, de que suas necessidades/desejos serão atendidos.”
O primeiro passo para a inovação é conhecer muito bem o cliente. O sócio indica que o empreendedor deve sempre se questionar quem é o seu público e qual a maneira de melhor estreitar o relacionamento com ele. “Ao conhecê-los tão fundo, somos capazes de nos antecipar, sem nenhuma dúvida, nas suas futuras necessidades”, diz. E este deve ser o maior cuidado de qualquer organização: saber quem é seu consumidor e estar um passo à frente nas suas expectativas.
Fica claro, então, que mais do que oferecer algo novo, inovar é uma questão de sobrevivência à empresa. “Em uma sociedade altamente informada e individualizada, não estar atento às mudanças, nos desejos e expectativas de cada cliente pode significar, em certos setores da economia, fracasso iminente”. Mas, qual é o preço a se pagar para a vitalidade do negócio? Para o Le Bou foi o preço do cliente. Do Val conta que foi percebida a queixa dos paulistanos em relação ao alto custo dos restaurantes, o que afetava até os seus clientes. Assim, em abril deste ano, eles deixaram o mês inteiro com cardápio aberto, para que o próprio cliente decidisse o preço a ser pago pelo prato. O menu não tinha, inclusive, indicação de valor. “O cliente escolhia o que ia comer, sem saber de valor algum e depois determinava o preço dos pratos consumidos e este era o valor que iria pagar”.
Para muitos pode parecer uma estratégia louca, mas o resultado, no final das contas, foi positivo. “Nós já sabíamos o valor que cada prato deveria ser vendido e a diferença para a média paga pelos clientes foi de centavos! Ou seja, podemos dizer que os clientes pagaram exatamente o preço que gostaríamos, confirmamos o conhecimento dos nossos clientes e atraímos novos consumidores para nossos produtos”, aponta ele. Ao final do período, os pratos continuaram a ser servidos com o preço estabelecidos pelo público. “Isso estreitou o relacionamento com eles, que agora sabem que pagam um valor justo e coerente”, finaliza.

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