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Quarentena: preferências dos consumidores mudam

Desde a descoberta no fim de 2019, até o rápido avanço pelo mundo, o Covid-19 vem causando preocupação. Diante da pandemia, muitos países optaram por fechar fronteiras e orientaram suas populações a evitarem aglomerações e a recorrerem ao isolamento social para impedir o avanço da doença. Tais medidas impactaram diversos setores e segmentos da economia. De acordo com estudo realizado pela Kerry, diante de uma situação de isolamento social nunca vivida, os consumidores da América Latina mudaram seus comportamentos de compra e de consumo, o que tem desafiado a indústria de alimentos e bebidas e principalmente o setor de food service, os quais estão sendo obrigados a buscar novas informações e a se reinventar.

Analisando os maiores mercados da região da América Latina, a empresa notou atitudes similares em diferentes culturas. De acordo com ela, conhecidos mundialmente por sua simpatia e receptividade, os latinos estão mudando a forma de comprar entre as mais diversas faixas etárias, acelerando a utilização dos meios on-line para adquirir alimentos e refeições prontas. Outra tendência do setor de food service que promete ser destaque durante o período de isolamento social, é o conceito de “Dark Kitchen”, ou restaurante fantasma. Trata-se de um estabelecimento que oferece serviços de alimentação apenas para viagem ou entregas.

Brasil
Houve aumento significativo na adesão dos brasileiros aos chamados atacarejos e hipermercados onde os consumidores podem encontrar todos os itens de primeira necessidade em um único local, muitas vezes em embalagens maiores. Segundo dados da Kantar, ambos registraram juntos 53% de penetração no consumo de massa e mais de 2,5 milhões de novos lares que aderiram a estes modelos de compras. Em questão de itens classificados como indispensáveis pelos brasileiros, os destaques de aumento de consumo desde as primeiras semanas da quarentena, são: pães industrializados (+52%), linguiças (+16%), sucos prontos (+15%), cervejas (+15%), absorventes higiênicos (+21%) e papel higiênico (+15%). Por outro lado, produtos que antes faziam parte da lista de compras de boa parte da população registraram quedas nas vendas, como os leites fermentados (-21%), iogurtes (-17%), lâminas de barbear (-12%), tintura de cabelo (-4%) e bebidas de soja (-7%).

A relação dos brasileiros com as refeições também mudou, houve a diminuição da preparação de refeições caseiras em detrimento do aumento de deliverys aos finais de semana, opção cada vez mais recorrente. Comparando a primeira semana de março com a segunda, o número de lares que pediram comida aumentou, principalmente por meio de pedidos diretos aos restaurantes e lanchonetes, mas o uso de aplicativos para esta finalidade, também foi alto (19%), segundo Rg Nutri com TechFit. A mesma instituição também mostra que os supermercados registraram 74% no aumento das vendas online entre 16 e 22 de março.

A preferência de consumo no setor de bebidas também está mudando. Segundo da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), com bares e restaurantes fechados devido ao avanço do Coronavírus no País, esse mercado teve uma desaceleração de 52% desde o dia 15 de março. De acordo com a Kantar, em janeiro e fevereiro houve uma variação positiva nas vendas de sucos prontos (+15%), cervejas (+10%) e refrigerantes (+6).

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