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Quase 40% não irá presentear o pai

Com a economia ainda em recessão, desemprego em alta e a inflação elevada, o consumidor brasileiro começou o segundo semestre reticente na hora de gastar com datas comemorativas. Uma sondagem feita para o Dia dos Pais pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em todas as capitais, mostra que aproximadamente quatro em cada dez (38,1%) brasileiros não pretendem comprar presentes neste ano. Entre os principais motivos financeiros estão a falta de dinheiro devido ao orçamento apertado (6,2%, aumentando para 14,4% entre os jovens de 18 a 34 anos) e o fato de estar desempregado (5,0%, 11,2% entre os jovens).
Já aqueles que pretendem comprar algo para os pais chega a 48,9%. Desse total, 35,4% pretendem gastar o mesmo valor gasto no ano passado. Enquanto 29,1% afirmam que pretendem gastar menos este ano – percentual que reduziu quando comparado à pesquisa de intenção de compras de 2015 (43,8%). Apenas 19,7% dos entrevistados planejam gastar mais com os presentes em 2016 do que no último ano. O valor desembolsado com cada presente será, em média, de R$ 115,37, quantia inferior à apurada para o mesmo período de 2015, de R$ 119,83. Entre os consumidores da classe C, o valor médio total gasto com os presentes será ainda menor: R$ 107,95 contra R$ 150,54 das pessoas que pertencem às classes A e B. 
Presentes mais caros
Segundo dados da pesquisa, quase 70% das pessoas têm a percepção de que os presentes estão mais caros do que em 2015. Percentual que aumenta entre as mulheres (72,8%) e pertencentes às classes A e B (78,1%). A maioria dos consumidores que pretendem presentear deve comprar apenas um presente (60,7%) para a comemoração.
  
Economizar é o principal motivo
Entre os motivos para quem pretende gastar menos com o presente, o principal é o desejo de economizar (23,6%). Em segundo lugar aparece uma situação financeira ruim (20,8%). Seguido de aumento da inflação e economia estar instável (14,8%) e estar desempregado (11,5%). Com a perspectiva de economizar na hora da compra, 68,1% dos entrevistados afirmam que realizarão pesquisas de preço antes de comprar o presente e 17,4% vão dividir as compras com outra pessoa, geralmente um irmão, a mãe ou familiar próximo.
“Considerando o fraco desempenho das outras datas comemorativas de 2016 até o momento, a expectativa dos lojistas com o Dia dos Pais tende a ser baixa”, afirma o presidente da CNDL, Honório Pinheiro. “A piora da economia, como o aumento do desemprego e a inflação ainda elevada, além do crédito mais restrito, exercem forte impacto sobre o consumidor, que acaba sendo obrigado a limitar seus gastos para organizar as finanças. Para pagar contas atrasadas e honrar os compromissos financeiros, uma importante medida é evitar novos gastos e, nesses casos, presentear outras pessoas muitas vezes deixa de ser prioridade”, avalia.
 
Sem limites para os gastos
Enquanto há aqueles que vão evitar de comprar presentes, para conseguir economizar, ainda há outros que tal situação não será a mesma. Quase 24% dos entrevistados admitiram que costumam gastar mais do que suas finanças permitem presentearem no Dia dos Pais, principalmente entre os mais jovens, quando o percentual aumenta para 29,9%. Sendo que 8,9% reconhecem que deixarão de pagar alguma conta para poderem comprar algo e 31% dizem que já possuem uma conta em atraso hoje (desses, 62,9% disseram que vão comprar um presente mesmo com o nome sujo).
Além disso, 20,7% dos entrevistados irão parcelar suas compras no cartão de crédito. A principal forma de pagamento, porém, será o pagamento à vista (59,3%), seja no dinheiro ou no cartão de débito.
Roupas e shopping na preferência 
Roupas serão o principal item escolhido para presentear os pais neste ano, com 46,6% de preferência dos entrevistados. Apesar da liderança, houve queda no percentual: ano passado as roupas tinham a preferência de 53,8%. Em segundo lugar aparecem os perfumes e cosméticos (27,1%), seguidos pelos calçados (18,5%) e acessórios (14,6%).
O shopping center se destaca como o principal local de compra, para 47,4% dos entrevistados. Logo em seguida estão as lojas virtuais (35,3%), lojas de departamento (33,8%), shoppings populares (26,4%) e lojas de rua (25,0%). “A preferência pelos shoppings deve-se ao fato que estes estabelecimentos concentram uma grande variedade de lojas em um único lugar. Já a significativa presença das vendas online deve-se muito à praticidade da rede, que acaba atraindo o interesse das pessoas, além de favorecer a pesquisa de preços em diversas lojas”, explica a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti.
Já a comemoração da data será feita principalmente em casa (38,8%) e na casa do pai (27,5%). Mas 13,7% pretendem sair para restaurantes. Quanto à data para realizar as compras, a maioria (53,6%) disse que iria realizá-las nesta primeira semana de agosto. Enquanto 19,9% afirmam já terem comprado em julho.  

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