O interesse dos paulistanos por compras de produtos e contratação de serviços diminuiu entre junho e julho, uma redução de 1,2% no índice de Intenção de Consumo das Famílias, ICF, na cidade de São Paulo, o que equivale a 109,5 pontos. Esta é a quinta baixa consecutiva e a pontuação passou a ser o novo recorde de piso da trajetória do indicador, que começou a ser divulgado em janeiro de 2010 pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo. Comparado ao que foi registrado em julho de 2013, o índice despencou 10,6%.
Nos últimos meses, de acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a população começou a demonstrar cautela, reduzindo o consumo por causa do cenário de baixo crescimento, do elevado patamar da inflação, da menor expansão do número de vagas no mercado de trabalho e do consequente freio do aumento da renda. Dos sete segmentos que fazem parte do índice, apresentaram alta no mês apenas Emprego atual (0,3%) e Nível de consumo atual (0,2%). O item Perspectiva profissional não variou no período. Entre os que caíram, os piores desempenhos foram apresentados por Acesso ao crédito, com baixa de 3,2%, e Perspectiva de consumo, cujo recuo foi de 2,9%. Também tiveram redução entre junho e julho os itens Renda atual (-1,7%) e Momento para duráveis (-0,6%).
A expectativa da Federação é que o indicador continue com tendência negativa nos próximos meses, na medida em que o quadro econômico do país se mantém inalterado. O ICF é apurado mensalmente pela FecomercioSP desde agosto de 2009, com dados de 2,2 mil consumidores no município de São Paulo. O índice vai de zero a 200 pontos, no qual abaixo de 100 pontos é considerado insatisfatório e acima de 100 pontos é denotado como satisfatório.