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Sem desculpas



Autor: Yehuda Berg

 

Um dos grandes presentes que recebo por poder viajar ao redor do mundo disseminando essa sabedoria é me conectar a muitas pessoas. Geralmente, converso com aqueles que assistem a uma aula introdutória e dizem que foram inspirados e que adorariam saber mais sobre Kabbalah, mas não têm tempo. Até daqueles que recebem as Sintonias, escuto com frequência que usar a sabedoria os auxilia em suas vidas e, que, embora tivessem muita vontade de frequentar as aulas ou terem um professor e realmente se comprometerem com um caminho de mudança, estão muito ocupados com o trabalho naquele momento – talvez no próximo mês. É claro que quando passa o mês seguinte, geralmente tem alguma outra coisa que os mantêm ocupados.

 

Quase todas as formas de espiritualidade defendem a ideia de que o propósito real das nossas vidas é reforçar nossa conexão com o Criador. Então por que, mesmo acreditando nessa verdade, muitos a evitam?

 

A resposta está na seguinte história: era uma vez um rei que estava muito doente. Ele disse que quem conseguisse curá-lo seria agraciado com duas horas dentro do tesouro real, de onde poderia levar todo o ouro, diamantes e rubis que pudesse recolher. Logo depois, um dos conselheiros do rei o curou e obteve acesso ao tesouro. Após ser curado, o rei se preocupou em ceder tanta riqueza do seu tesouro. Então, esquematizou um plano para distrair o conselheiro. O rei sabia que esse conselheiro em particular tinha uma grande paixão por música e, assim contratou cem dos melhores músicos para tocarem as canções mais belas dentro do tesouro, enquanto ele juntasse sua fortuna durante as duas horas.

 

Toda vez que o conselheiro começava a recolher as joias, a música se tornava mais alta e o distraía. Às vezes, um novo instrumento era adicionado e ele se via compelido a largar tudo e ir assistir, encantado. Depois de algum tempo, se deu conta de que suas sacolas estavam vazias e que era melhor começar a recolher o tesouro. Mas aí já era tarde demais. Seu tempo havia se esgotado.

 

Somos como o conselheiro: nos distraímos. Quando começamos a focar no verdadeiro propósito das nossas vidas, o Oponente, ou Lado Negativo, sempre desvia nossa atenção. Uma boa forma de derrotar essa voz é não lhe dar espaço, para começo de conversa. Quando ocupamos nossos pensamentos e nossa agenda com nosso trabalho espiritual, compartilhando, buscando conectar-se à Luz – não há espaço para distrações!

 

Viver um caminho espiritual é difícil quando nossas conexões são intermitentes. A Luz é consistente e, quando temos nossa espiritualidade, atraímos a Luz para as nossas vidas de forma cheia também.

 

Haverá sempre uma razão para não estudar, não compartilhar, não se comprometer – porque essa é a forma do Oponente atuar!

 

Até um dia em que é tarde demais para receber todos os tesouros que a Luz tem a intenção de nos dar.

 

Quando paramos de dar desculpas e realmente nos comprometemos com o caminho da mudança, começamos a viver o propósito da nossa vida.

 

Tudo de bom!

 

Yehuda Berg é codiretor do The Kabbalah Centre.

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