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Situação do food truck em São Paulo

No início do ano os food trucks eram apontados por especialistas como uma das principais tendências de micro e pequenos negócios para 2015. O setor teve crescimento nos últimos meses e o guia “Food Truck nas Ruas”, em parceria com a Anunciattho Comunicação, desenvolveu a “1ª Pesquisa Food Truck nas Ruas” com mais de 60 empresários do setor. Cujo objetivo é entender melhor como pensam os empreendedores que apostaram no negócio de comida de rua, em São Paulo.
O estudo mostra que os preços cobrados pelos alimentos e bebidas em food trucks na capital paulista estão mais variados e mais convidativos para o consumidor. Isso porque mais de 75% dos empresários afirmaram que os produtos que comercializam custam até R$ 30. “Os food trucks conseguem atender um público interessado em alimentos diferentes, saborosos, bem servidos e de qualidade”, explica Carla Somose, uma das idealizadoras do guia “Food Truck nas Ruas” e curadora de eventos do mercado de comida de rua.
Os locais de parada dos food trucks foi outro ponto abordado pela pesquisa. Quase dois anos depois da aprovação da lei da comida de rua, em São Paulo, apenas 6% dos entrevistados têm ponto fixo em avenidas e ruas. Já 54% atuam em eventos públicos e particulares. E apesar de todas as dificuldades e da crise econômica pela qual o país atravessa, 35% dos food trucks registram renda média mensal entre R$ 5 mil e R$ 10 mil. O que explica o otimismo que impera no mercado, já que 73% dos empresários pretendem ampliar as atividades com um segundo veículo ou até mesmo um ponto fixo.
Por outro lado, os de food trucks não gostam muito do termo “Gourmetização”, geralmente utilizado nas redes sociais para criticar a comida de rua: 41% dos entrevistados acreditam que o termo seja inadequado ou acham que ele prejudica seus negócios.
Novos Rumos
Aposta em novos negócios foi apontada por 36% dos entrevistados como o principal motivo que os levou a investir no setor comida de rua. Para 29%, ter um food truck foi uma realização pessoal. Já 23% dos empresários afirmaram que o seu food truck foi o responsável por uma mudança na carreira. Já sobre seus veículos, 49% definiram seus caminhões como food truck normal e 39% como caminhão alto. Food bike e food cart somaram 5% das respostas.
Quanto aos alimentos servidos pelos caminhões vão muito além dos principais hits da comida de rua (hambúrguer, hot dog e pastel). Dos caminhões que participaram da pesquisa, apenas 14% apostaram no tradicional. Há caminhões que servem polenta, crepe, coxinha, temaki, nhoque, risoto, burritos, nachos, tacos, cervejas artesanais, fish and chips, massas, pratos com bacalhau, pizza, churrasco etc. Os entrevistados também afirmaram que o cardápio servido é baseado em raízes das cozinhas: brasileira, italiana, norte-americana, inglesa, espanhola, mexicana, portuguesa, chinesa e natural. Dos ouvidos, 19% declararam que seu produto custa entre R$ 10 e R$ 15. Outros 52% afirmaram que os alimentos comercializados por eles custam até R$ 30. Apenas 1% tem produtos que custam mais de R$ 30.
Já sobre os pontos de venda, 30% dos caminhões param em eventos públicos, 23% oferecem seus produtos em eventos particulares, 6% tem ponto fixo de parada e apenas 3% declararam apostar nos food parks. Por outro lado, apenas 1% dos empresários declarou que os estacionamentos estão atendendo suas necessidades. Já 43% se dizem satisfeitos com os eventos gastronômicos. E 36% declararam que não estão contentes com nenhum dos dois formatos e busca novos espaços para crescer e vender mais.
Mercado 
Para 71% dos donos de Food Trucks entrevistados, o público interessado em consumir a comida de rua está em todas as regiões da cidade de São Paulo. Apenas 11% declararam que seu cliente está concentrado nas regiões mais próximas ao Centro. Jovens de 18 a 35 anos, apreciadores da gastronomia, pessoas com experiências internacionais e das classes B e C foram os mais citados pelos entrevistados, como clientes assíduos Foi apontado, ainda, que este momento atual é hora para o mercado procurar equilíbrio. Tanto que, para 20%, é um mercado amplo a se explorar. E para 8%, os food trucks precisam se expandir pelo Brasil para o mercado crescer efetivamente. Já 5% não veem perspectivas muito boas para os próximos anos. Outros 41% afirmaram que pretendem colocar mais um caminhão nas ruas, em breve. E 31% têm projetos de franquear o seu negócio. De acordo com 9%, a melhor saída é aguardar a economia do país se estabilizar para aplicar novos projetos com comida de rua.
Entraves
Falta de preparo de organizadores de eventos e food parks, altas taxas para participação em eventos e a burocracia para se conseguir o Termo de Permissão de Uso (TPU) para parar nas ruas de São Paulo foram apontados pelos entrevistados como os principais problemas do mercado atualmente. “Como é um setor novo, muita gente não têm o conhecimento, comprometimento e profissionalismo necessário para organizar eventos com os caminhões. Nos eventos que o guia ‘Food Truck nas Ruas’ prepara, estamos sempre atentos às necessidades dos donos de caminhões e também às expectativas do público. Só assim é possível sobreviver neste mercado”, afirma Carla.
Atualmente, existem rodando pela capital paulista aproximadamente 150 food trucks. Desses, 63 responderam esta primeira pesquisa do setor de comida de rua, colhida durante os meses de junho, julho e agosto de 2015. 

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