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Surfar na onda ou ser levado por ela?

Quando a Internet surgiu, ela prometeu revolucionar a vida das pessoas e de fato assim o fez, bem como tudo que surgiu dela: as redes sociais, o e-commerce, o cloud computing, etc. Dessa maneira, muita coisa foi criada e planejada para melhorar o cotidiano tanto das pessoas quanto das empresas. Como a união dos canais para a realização de um atendimento melhor. Todos os dias novas ferramentas, inovações e tendências surgem no mercado, forçando as empresas a procurarem por atualizações, a fim de suprir as necessidades dos clientes. Entretanto, é preciso ter certo cuidado no momento de procurar por novidades, pois pode ser que a tendência seja só uma moda. Na visão de Mauricio Salvador, presidente da ABComm, Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, esse é o caso do social commerce, a venda de produtos diretamente nas redes sociais.

O executivo conta que, no começo, a expectativa para que esse conceito desse certo foi muito grande, considerando, inclusive, que as empresas poderiam faturar milhões com suas lojas dentro do Facebook, por exemplo. O que não foi muito bem assim. “Agora, sabemos que foi só uma onda”, comenta. “Vi casos de pessoas que fecharam suas lojas virtuais para ter uma loja somente no Facebook. Quem se precipitou se deu mal.”

Apesar de não ter se mostrado como uma estratégia muito efetiva – ou não ter obtido todo sucesso esperado, o social commerce ainda assim pode ser benéfico. Salvador comenta que há exemplos de sucesso que podem ser encontrados em redes, como o Twitter, Instagram e até mesmo o WhatsApp. O que é preciso que os negócios façam é analisar todas as características que cada plataforma possui e qual se adéqua melhor ao objetivo que deseja com suas vendas. Para o presidente da ABComm, atualmente, a melhor rede social para o e-commerce seriam os blogs. “Eles criam um conteúdo mais qualificado e que fica indexado de forma mais definitiva. Se você faz um post no Twitter ou no Facebook, por exemplo, daqui a algumas horas esse post perde a validade, desaparece. No blog é diferente, a coisa tem mais validade”, explica.

Outro benefício é que por meio do trabalho realizado nas plataformas, a empresa tem a possibilidade de criar um relacionamento mais próximo com o público e conseguir construir laços mais fortificados de confiança. O que, para o executivo, é algo que deve vir antes de qualquer fidelização. “Alguns varejistas já estão descobrindo isso e montando verdadeiras redações dentro de seus escritórios. Jornalistas, fotógrafos, videomakers, designers, pesquisadores. Todo conteúdo que tenha relevância, vai ser compartilhado nas redes sociais”, diz. E, claro, sem se esquecer de que as respostas e soluções devem ser geradas cada vez mais rápidas, para não fazer com que o cliente espere e nem se descontente com a marca.

 Tal qual o mundo da Internet é ágil e se transforma constantemente, as redes sociais também sofrem mudanças repentinas. Hoje estão em ascensão, amanhã não. Por essa razão, qualquer empresa que esteja presente no meio virtual deve estar atenta aos movimentos que esse oceano de oportunidades proporciona. Senão, assim como foi levantado por Salvador, a chance de ser levado pela onda é grande. “É preciso avaliar friamente cada nova oportunidade”, aconselha. “Entrar em todas as redes sociais só pra dizer que tem presença, pode ser arriscado.”

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