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Tempo de alerta



Autor: Marcelo Castelo

 

Acalmem-se! Afinal, este não é mais um texto sobre gripe suína, crise econômica ou situação política do Flamengo. O alerta não é um S.O.S, mas, sim, sobre o SMS. Antes de me aprofundar no assunto, vamos repassar alguns números no Brasil:

 

– Hoje são mais de 160 milhões de linhas ativas de celulares no Brasil;

 

– Cerca de 70% da população utiliza aparelho celular;

 

– Outro destaque: 100% dos aparelhos são SMS enable (ou seja, recebem/enviam SMS);

 

– A taxa de abertura de SMS é de 94% – percentual absurdamente maior em comparação com o e-mail, que tem variação em média de 5% a 15%.

 

Está mais do que provado que tanto o celular quanto o SMS já fazem parte da vida das pessoas. Exemplos? Um  jogador de futebol francês foi cortado da Copa do Mundo porque paquerou a mulher do técnico via SMS. Um piloto de Fórmula 1 foi demitido por ter enviado de forma errada uma mensagem de texto. Pode parecer incomum, mas já existem pessoas contratando profissionais por SMS. Até o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou o seu candidato a vice via SMS.

 

Mas alguém vai me questionar: a televisão, o computador e o rádio não fazem parte deste dia-a-dia? A minha resposta é sim, fazem e podem atingir a massa também, mas nenhum deles está com o usuário 24 horas por dia e sete dias por semana. Nenhum deles é capaz de atingir os espectadores a qualquer momento e, principalmente, nas ocasiões mais relevantes.

 

É por essas e outras que eu gostaria de destacar o SMS como uma ótima ferramenta para comunicação de massa. Melhor ainda: ao mesmo tempo em que o SMS consegue atingir um grande número de pessoas, ele é extremamente pessoal. Em relação à comunicação com o público interno e o trade, o SMS ganha ainda mais força, já que, pelo menos a princípio, não faz muito sentido veicular um anúncio na TV para se comunicar com esse target.

 

A Kibon, por exemplo, com o objetivo de aumentar o volume de vendas, incentivar a distribuição de itens de alto valor agregado e melhorar a comunicação com os estabelecimentos, lançou a promoção Verão Premiado e o SMS foi um componente muito importante. As mensagens personalizadas exigiam uma instanta neidade que só o SMS poderia permitir. Não dava para correr o risco de mandá-las por e-mail e o dono do estabelecimento só conseguir vê-las no dia seguinte. A Brastemp também já apostou no SMS para estimular seus vendedores numa campanha de incentivo de vendas. Mensagens de texto eram enviadas para informar a pontuação do vendedor e ajudá-lo a subir no ranking. Ex: “Fabio, você está em 5º lugar com 120 pontos. Venda mais 3 geladeiras para subir de posição”.

 

A prestação de serviço via alerta SMS também é prática comum em algumas empresas. Com isso, elas conseguem proporcionar comodidade para os usuários e diminuir custos internos. A Net, por exemplo, envia SMS para alertar seus clientes quando estão realizando manutenções na rede. O aviso, além de útil para o consumidor, pode evitar que diversos usuários liguem para o call center da empresa quando o problema acontecer.

 

O Banco Real também disponibiliza um serviço móvel bem interessante. Os clientes podem receber um SMS a cada vez que seu cartão for utilizado em compras acima de um determinado valor escolhido pelo próprio cliente. Além de ajudar seus clientes a controlar os gastos, o serviço os auxilia a identificar rapidamente se o seu cartão foi clonado, o que pode diminuir o tamanho do prejuízo para o banco.

 

Já os clientes da Ford, quando precisarem utilizar o call center da montadora, podem optar por receber o número de protocolo via SMS. Além do número de protocolo, o SMS contém a data do pedido e o nome da atendente, deixando o serviço mecânico de call center um pouco mais pessoal. Faculdades como Uninove, ESPM e Estácio de Sá já utilizam mensagens de texto para se comunicar com os alunos, informar sobre eventos, mensalidades, datas de provas, classificação no vestibular, entre outros assuntos.

 

Sobre conteúdos patrocinados, temos exemplos interessantes  também. Em 2006, a Nestlé lançou a campanha “Torcer Faz Bem”, que consistia na troca embalagens de produtos da marca por ingressos em determinados jogos do brasileirão. Em Belo Horizonte, a partir de uma parceria com a TIM, a Nestlé ofereceu um serviço exclusivo no qual os usuários podiam receber gratuidamente, via SMS, a classificação do Campeonato Brasileiro todo fim de semana. Assim, além da classificação do campeonato, a Nestlé aproveitou o SMS para informar quando seria o próximo jogo com promoção. Ex: “Jogo Cruzeiro x Fortaleza – troque embalagens Nestlé por ingressos. Classificação: SPO 53, SAN 46, GRE 45, INT 44.”. Em 2008, a partir de uma parceria com o Uol, a Fiat disponibilizou a assinatura de alertas SMS com notícias e resultados das Olimpíadas de Pequim.

 

Não é só de esportes que vivem os alertas patrocinados.  A Chandelle lançou uma campanha voltada ao público feminino. Ao acessar o canal Vida Feminina do portal ClicRBS, as interessadas podiam cadastrar o seu número de celular para receber mensagens com dicas de beleza, saúde, moda etc.

 

No final do dia, independentemente do formato escolhido e do público que a empresa pretende atingir, existem duas palavras-chave para o relacionamento com o público via SMS, relevância e opt-in. O celular é um aparelho extremamente pessoal e não podemos bombardeá-lo com mensagens que o usuário não sabe de onde vêem e/ou que não sejam relevantes. Dados e cases já apontam a direção. Independentemente do ramo de atuação de uma empresa e com quem ela deseja se comunicar, o SMS será sempre uma solução interessante.

 

Marcelo Castelo é sócio da F.biz.

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