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Toda agressividade da Black Friday

A principal característica da Black Friday são as promoções, mas não são quaisquer descontos. As empresas participantes devem realmente oferecer ofertas fantásticas, que atraiam o público. É um período, literalmente, agressivo de compras. E, principalmente, com essa condição econômica ainda perturbada que o País enfrenta, essas ações acabam sendo mais do que esperadas pelos consumidores, que desejam comprar aqueles produtos que há muito estavam na lista de espera. Como também pelo mercado, que deseja, ao menos no final do ano, conseguir dar um respiro de alívio, em busca de melhores resultados. É como comenta o CEO da Reamp, David Reck, se bem-criada as promoções, respeitando o cliente e cumprindo suas ideias, é possível “fazer um bom negócio para todo mundo”. Em entrevista exclusiva à ClienteSA, ele comenta mais sobre a data e como se preparar a ela.
 
ClienteSA: Depois de seis edições, como está a Black Friday no mercado brasileiro?
Reck: Eu acho que é um propósito conquistado oficialmente, onde se tem uma semana, um período ou um dia de ofertas mais agressivas para incentivar a compra, com o varejo fazendo esse tipo de promoção. Mas o que ocorre no cenário brasileiro é que, infelizmente, por falta de um ecossistema na indústria, acabam criando ofertas não tão agressivas em termos de descontos, como é percebido pelo público em geral, se comparado com o mercado norte-americano. Mas aí acho que são mundos muito diferentes, em termos de facilidade, de volume de compradores em e-commerce, que realmente é difícil de comparar. 
E qual a expectativa para este ano, já que ainda passamos por uma situação financeira conturbada?
É um ano difícil e o varejo vai em busca de tentar aproveitar essa insinuação de reversão de crise e fazer a diferença para rentabilizar agora no final do ano. Buscando o tempo perdido com relação ao ano que passou. Porém, depende muito das agressividades de ofertas pela frente e isso estou como ouvinte na expectativa, tão igual como qualquer consumidor, para ver o que realmente a indústria vai trazer, que muitas vezes a gente fica sabendo só de última hora. 
 
Em sua opinião, o que esperam os clientes para a data? 
O objetivo do público é preço, compra barata. É o propósito de uma ação como essa, não tem outra palavra. E como se teve um ano de contenção de gastos, então, teoricamente temos um alto volume de consumidores aguardando uma grande oferta para exercer essa compra. A diferença de outros anos é quando você tinha uma constante de compra ao longo do ano, depende menos de casar a expectativa do nível de desconto do consumidor e as promoções que o varejo vai trazer. Mas poderia ser um excelente momento para trazer ótimos resultados que atingissem essas expectativas.
 
Além do sempre, como bom estoque, promoções reais, prazo de entrega, quais são os cuidados que as empresas deverão ter neste Black Friday?
Acho que é não cometer erros de anos anteriores, como remarcação de preço 15 dias anteriores ao evento, para depois aplicar descontos em uma visão agressiva. Hoje existem várias ferramentas de monitoramento, a mídia também está muito em cima e acaba perdendo a idoneidade do evento. As organizadoras são muito boas nesse tipo de prática, para fazer sensacionalismo e criar uma falsa sensação de oferta, porque isso não agrega em nada na ação e acaba se voltando contra o próprio anunciante, que no final cai em descrédito, tanto o Black Friday em si, quanto a marca dele. 
Quais serão as novidades para a edição deste ano?  
Acho que será o maior uso de tecnologias. Elas já estão mais maduras, no sentido de captar a navegação do usuário, trazer banners com conteúdos dinâmicos, ofertas que sejam mais contextualizadas com o perfil de cada um. Então, ter uma mensagem mais segmentada, com uma oferta para cada público, de forma individual e adequada, é o que vem amadurecendo cada vez mais no mercado. 
Já se sabe também que é possível expandir os bons resultados do evento para além. O que se deve fazer, então, para manter os clientes e o bom desempenho depois dessa data?
Hoje já há alguns segmentos de grandes anunciantes que têm focado menos em ações de relacionamento e recuperação de imagem através de novas vendas, tentando rentabilizar na própria venda. O que é um desafio pro e-commerce, porque caiu, de certa forma, em descrédito essa história que eu vou vender várias vezes para o consumidor e vou recuperando. Porém, é difícil ainda a conta fechar assim, ainda mais em uma ação dessas, onde as lojas estarão mais espremidas e sem incentivo da indústria. Mas, no final do dia, o que sempre se acredita é em relacionamento com o consumidor, algo que seja coerente, que tenha significado. Levando em consideração a ideia de oferecer novas ofertas ao longo do ano, mantendo o público contente e que tenha a ver com seu perfil de compra, que é onde as marcas erravam muito. Elas acabavam tratando todos os consumidores como se fossem iguais, sem nem sequer olhar para as segmentações baseadas nos históricos de compras anteriores.
 
Há alguma dica para os varejistas que participarão no dia 25 de novembro?
Que eles façam uma boa ação, mas pratiquem a remarcação de preço e tragam algo agressivo para, talvez, buscarem esses consumidores que represaram suas compras ao longo do ano e agora podem realizar seus desejos. Fazendo um bom negócio para todo mundo.

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