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Twitter e a snack culture



Autor: Marcelo Tripoli

 

Tenho recebido muitas indagações sobre a real utilidade do Twitter, que pode ser definido, à primeira vista, como uma rede social na qual pessoas e amigos descrevem ações e acompanham detalhes do cotidiano de desconhecidos.

 

O grande trunfo do Twitter é, aparentemente, esse: como em um verdadeiro Big Brother, os usuários matam sua curiosidade ao acompanhar a vida alheia. A tamanha popularidade deste tipo de ferramenta chamou, é claro, a atenção das empresas, especialmente das áreas de marketing, nas quais os profissionais têm muitas dúvidas sobre a amplitude do Twitter e como ele pode ser utilizado para conectar marcas e consumidores, agregando vantagens competitivas.

 

Confesso que, em um primeiro contato, considerei o Twitter bastante inútil. Afinal, o que uma ferramenta em que você fica o tempo todo respondendo a uma única pergunta – o que está fazendo? – pode agregar às marcas? Enfim, qual a lógica de ler o que os outros estão fazendo e ficar o tempo todo postando o que você está fazendo?

 

Se o Twitter tivesse apenas esta simplicidade, seria uma cópia de outras redes sociais e ficaria, com certeza, restrito a adolescentes e determinados nichos. Porém, seu potencial é muito maior. Esta ferramenta, fundada em 2006, por uma empresa de São Francisco, nos Estados Unidos, quebrou paradigmas e tem como principal característica limitar as mensagens em até 140 caracteres. Esta restrição, em pouco tempo, concretizou definitivamente o sucesso do Twitter.

 

Ao limitar o tamanho dos posts, que inclusive podem ser enviados pelo celular, a ferramenta sai na frente dos blogs, por ser mais rápida e prática para postar mensagens e se adequar definitivamente a um fenômeno, descrito na capa da Wired de alguns meses atrás, como Snack Culture – o consumo de conteúdo cada vez mais rápido e superficial, baseado em um mundo cada vez mais digital.

 

Isso faz total sentido: o tempo de atenção que dispensamos para um assunto é cada vez menor e a tecnologia tem que se adequar. Os vídeos no YouTube, por exemplo, são limitados a dez minutos. Entretanto, o Twitter se apresenta como uma alternativa interessante de mídia digital para os próximos anos. Como as empresas podem aproveitá-lo? Existem diversas formas, entre as quais vale destacar a pesquisa sobre o que estão falando da sua marca ou do seu produto. Para isso, basta entrar no search.twitter.com, abrir um canal de comunicação e suporte aos seus consumidores, como fez a Comcast, maior operadora de TV da cabo dos EUA.

 

É preciso divulgar conteúdos e informações em primeira mão para os consumidores que optarem por te seguir, como fez o canal Telecine, transmitir ofertas de produtos e promoções, como Amazon. E para finalizar, prestar serviço, informando, por exemplo, cancelamento de vôos, como fez a Delta.

 

Estes são apenas alguns exemplos básicos de como o Twitter pode rapidamente ajudar a sua empresa a ganhar ainda mais popularidade e conquistar consumidores. Muitas já aderiram a esta tecnologia e estão, inclusive, substituindo blogs corporativos pelo Twitter. É a snack culture em ação com força total.

 

Marcelo Tripoli é presidente da agência de marketing digital iThink. ([email protected])

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