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Vantagens do baixo custo

É incontável o número de empresas que conseguiram se beneficiar com o surgimento de tecnologias com custos menores. Elas foram de grande ajuda, por exemplo, para a criação de startups, como no caso das fintechs. Por ter um custo menor de implementação e uma estrutura mais simples, essas empresas conseguem oferecer serviços e produtos com um custo-benefício melhor do que os bancos tradicionais. O que, no fim das contas, chama mais atenção das pessoas. “O poder da computação da nuvem a baixíssimo custo e o aumento do acesso a smartphones mostraram um terreno fértil para que empreendedores percebessem as necessidades das pessoas e criassem maneiras inteligentes e tecnológicas de resolver esses problemas”, conta Igor Marchesini, CEO da Payleven. O executivo, em entrevista à ClienteSA, contou mais sobre esse segmento e as mudanças que traz ao mercado.
ClienteSA: Qual é o cenário que propicia o surgimento das fintechs?
Marchesini: As fintechs são um fenômeno global e surgiram por alguns fatores, como a necessidade de serviços financeiros mais sofisticados. As pessoas querem resolver os problemas do dia a dia impulsionado por bons serviços financeiros, seja de assessoria como investir, seja uma solução de como fazer ou receber pagamentos de maneiras mais fáceis. O poder da computação da nuvem a baixíssimo custo e o aumento do acesso a smartphones mostraram um terreno fértil para que empreendedores percebessem as necessidades das pessoas e criassem maneiras inteligentes e tecnológicas de resolver esses problemas.
Qual o grande diferencial dessas empresas em relação aos bancos tradicionais?
O diferencial é que o custo é muito mais baixo, pois ao adotar o uso de novas tecnologias é possível se livrar de custos pesados ao disponibilizar atendimento em um app ou autosserviço ante ao atendimento via telefone. Além disso, reduz o risco de fraude ao combinar geolocalização, impressão digital e outros artifícios que conferem mais segurança aos usuários. Com o custo mais barato, pode-se ter mais agilidade e foco na resolução de um problema especifico, com mais certidão e eficácia.
Há espaço para os dois ou a tendência é uma migração dos clientes para as fintechs?
Acredito que existe espaço para a coexistência de bancos e fintechs. Cada vez mais eles vão fazer parecerias. É possível achar uma linha de crédito tradicional, mas contratá-lo através de uma fintech que tenha um site ou app de comparação de soluções de crédito entre os bancos que oferecem esse serviço.
Por que o público se sente atraído por startups desse tipo?
É mais atrativo, pois tem uma abordagem muito mais direta e simples com uma comunicação mais aberta. As startups, de forma geral, ainda têm o fundador como pessoa central, assim elas conseguem imprimir um serviço mais personalizado, tendo um cuidado especial com a reputação sob a perspectiva de satisfação do cliente. Elas dão importância às pesquisas de satisfação e ao perfis em redes sociais, pois já  nasceram nessa era digital de pessoas super conectadas e que acabam tendo feedback muito rápido quando algo vai mal, conseguindo reagir logo. A combinação de um serviço mais barato com uma solução inovadora que resolve o problema de forma diferente, além da transparência e bom atendimento, sem amarras a contratos, conquistam o cliente.
Qual o perfil do cliente que hoje se interessa e deseja investir nesse tipo de negócio?
O perfil dos clientes começa com os mais jovens, os millenials. Eles são os maiores usuários, em termos proporcionais, do uso dessas soluções. Para um jovem de 22 anos a ideia de ir a um banco e conversar com o gerente para receber orientação sobre investimentos está fora dos propósitos dele. As startups geralmente começam a servir esse segmento mais jovem, mas muito rapidamente atingem outro perfil.  Tal fenômeno foi semelhante ao Whatsapp, com um público mais experiente utilizando também. O brasileiro é muito aberto a tecnologias novas e isso também facilita a entrada desse tipo de empresa aqui no Brasil.
O que uma fintech deve levar em consideração, em primeiro lugar, quando se trata de conquistar o cliente?
É preciso ter um propósito, saber para quê existe e ter um senso de causa, para, a partir desse ponto, resolver um problema real do cliente. A Payleven existe para ajudar o pequeno comércio a crescer através de pagamentos eletrônicos, então pensamos e agimos assim e, naturalmente, conseguimos trazer soluções mais interessantes para o cliente. O foco e a obstinação de se colocar no lugar dele é o primeiro ponto para conquistá-lo, tratando o cliente como merece ser tratado, sem atendimento robotizado, sem asteriscos que escondam taxas.
Como fidelizar o público com esse serviço? 
Para fidelizar, é necessário entregar um bom serviço. Nesse segmento, o boca a boca é muito poderoso. Se as expectativas forem atendidas, ele vai indicar os serviços, sendo um propulsor dele. Em função dessa facilidade de acesso, a velocidade que se espalha essa indicação e muito maior do que era antes. Cerca de 60 a 65% dos novos usuários da nossa solução de pagamentos móveis vêm por indicação. Então, é uma questão muito forte oferecer um bom serviço e atendimento que atenda as expectativas.

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