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Varejo ainda vai mudar e muito

Apenas quatro entre dez grandes empresas do varejo estão voltadas ao futuro e à inovação, de acordo com o novo estudo de tendências de mercado da empresa de consultoria Dexi Marketing. Chamada de “Trendme”, a pesquisa analisou 190 empresas e possui análises de mercado do Brasil, Estados Unidos, Europa e sudeste da Ásia. Segundo os dados, 62% das grandes empresas perderão as lideranças do seu segmento de mercado até 2030. O principal motivo será a falta de acompanhamento das tendências e mudanças do mercado. “Estamos acostumados a olhar a história, valorizar o passado e a experiência. Estas grandes empresas, se esforçaram para conseguir a liderança, entretanto, deixam de olhar para o futuro. Por isso, é fundamental entender as tendências e as movimentações do mercado”, explica Sérgio Barbi, diretor executivo da Dexi.
O estudo identificou 15 tendências que vão desde a mudança na forma como as pessoas vivem, trabalham, compram até previsões específicas para segmentos como alimentação, moda, tecnologia, design e outros. “Identificamos que o mercado de alimentação saudável continuará crescendo e chegará a 21% do total em 2020. Mas a principal tendência do setor não é alimentação saudável, ela não está relacionada com a composição dos alimentos, mas com a forma como as pessoas se relacionam com eles. O centro das atenções está mudando e terá novos critérios de avaliação pelo mercado. A inovação nesse segmento será muito mais complexa”, comenta Barbi.
Além disso, outra mudança será o segmento de moda. O executivo ressalta que o techno fashion tem muito potencial de causar essa transformação no setor. Porém não será tanto na questão de tecidos e sim na forma como as pessoas usam a moda. “Vários referenciais novos serão incorporados e com as mudanças nos processos produtivos de roupas e acessórios”. Bem como, cada vez mais, a natureza será um fator de influência na decisão de compra. As pessoas estão mudando seu foco de atenção e elas querem ter maior controle sobre o uso dos recursos naturais.
Sem contar no quanto as redes sociais foram transformadoras nessa questão de relacionamento com o público. Se antes se levava anos para ter um poder de influência sobre os consumidores, hoje essa condição pode ser estabelecida em instantes com essas ferramentas. Não por menos, a tendência é que as campanhas utilizarão tais mídias para serem mais efetivas, fazendo uso de novas métricas de avaliação de resultados. “Os clientes são únicos e a customização é uma das grandes fronteiras para o varejo. Os consumidores querem adaptar os produtos às suas necessidades e a tecnologia é um grande viabilizador”, diz o diretor. Além disso, de acordo com a pesquisa, em 2020, serão 4 milhões de consumidores online. Provando que só estar no offline será prejudicial a qualquer empresa. O online é cada vez mais crucial.
Assim, no futuro, as marcas mais e mais se preocuparão com o gerenciamento de relacionamento do que vendas. Pois já se sabe que é mais vantajoso estabelecer laços valorosos do que procurar gerar lucro a todo custo. Ou seja, segundo Barbi, as “relações comerciais se tornarão mais complexas, e vantajosas”. A dica é justamente aproveitar as tecnologias que estão surgindo no mercado para conseguir obter bons resultados. “As pessoas deixam rastros digitais por onde passam. Um varejista com visão no futuro precisará de poucas pistas para antecipar o comportamento do consumidor e criar novas oportunidades de venda”.

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