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Vendas no pequeno varejo caem



As vendas no pequeno varejo caíram pela terceira vez neste ano, segundo apurou a Pesquisa Conjuntural do Pequeno Varejo (PCPV) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo. Em maio, o setor registrou queda de 4,3%, ante ao mesmo período de 2006 e no acumulado do ano contabiliza retração de 1,3% em seu faturamento. Dos sete setores analisados pela pesquisa, cinco apresentaram resultados negativos. “As pequenas empresas do setor de varejo não passam pelo mesmo bom momento que a economia atravessa, por falta de condições adequadas de competitividade com as grandes redes”, afirma o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.


O grupo de Autopeças e Acessórios foi o que teve o pior desempenho em maio, com queda de 18,8% no seu faturamento, ante o mesmo período do ano anterior e acumula no ano retração de 11,4%. A importação de peças mais baratas, produzidas principalmente na China e Índia, bem como a competição com grandes redes varejistas concessionárias foram os fatores que influenciaram este desempenho.

 

A ausência de uma linha de financiamento de crédito no pequeno varejista, que poderia alavancar as vendas localizadas em bairros e regiões periféricas, é a principal causa da queda no faturamento das lojas de Materiais de Construção. Em maio, o segmento registrou baixa de 3,6% e no ano apresenta retração de 7,9%.


O mês também foi negativo para Farmácias e Perfumarias que registraram queda de 4,6% em relação a maio de 2006. No ano, a atividade acumula resultado negativo de 4%. Este desempenho é fruto da concorrência com as grandes redes, que conseguem preços melhores e facilitam o crédito ao consumidor. Outro grupo que apresentou resultado negativo foi o de Eletroeletrônicos. Em maio, o setor teve retração de 9%, ante o mesmo período do ano anterior e no ano contabiliza queda de 4,8%. A oferta de produtos importados comercializados de forma irregular, e por isso a preços menores, contribuiu para este desempenho.


O desempenho do setor de Alimentos e Bebidas teve em maio queda de 17,7%, e no ano acumula retração de 14,2% em seu faturamento. O comprometimento de grande parte da renda com dívidas faz com que o consumidor tenha menos dinheiro disponível para o consumo, o que afeta diretamente este segmento.


Apenas dois grupos apresentaram resultados positivos em maio. As lojas de Vestuário, Tecidos e Calçados continuam sua trajetória de elevação no faturamento e registraram em maio, alta de 7,2%, acumulando no ano incremento de 11,6%. O principal fator que contribuiu para este resultado continua sendo a facilidade de crédito. Já o setor de Móveis e Decorações manteve o bom desempenho e registrou aumento de 6,9% nas vendas, na comparação com o mesmo mês de 2006. Com isso, acumula no ano alta de 13,5%. As pequenas empresas garantiram o bom desempenho desde que passaram a atender nichos de mercado.

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