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Vendas versus esquiva do cliente

Em momentos de situação econômica mais difícil, tal qual o País passa atualmente, proporciona um combate digno de disputa pelo cinturão. De um lado, treinado a lidar com os mais diferentes desafios e já acostumado com outras adversidades financeiras brasileiras, está o varejista que procura por formas de continuar mantendo as vendas e o engajamento dos clientes. Do outro, com o peso da preocupação de sua renda junto com o receio do desemprego, está o próprio consumidor. Uma briga na qual é difícil de saber quem será o vencedor. Na realidade, o conflito que só há um ganhador se o outro vencer também, pois ambos os lados vivem o receio de não saberem o que esperar do amanhã. Ou seja, acaba por se tornar um momento em que empreendedor e cliente devem se unir, mais do que antes. “Tanto as empresas quanto os consumidores passam a conter os investimentos. Isso promove uma retração adicional na economia, causando impacto em toda a cadeia produtiva”, adiciona Paulo Melo, diretor de relações institucionais da Serasa Experian.
Então, para conseguir lidar com essa batalha da maneira mais amigável, o executivo afirma que é preciso que os empreendedores entendam que tal retração tende a ser conjuntural. “A queda de confiança do cliente está em sua própria capacidade de pagamento. A empresa sofre as consequências práticas dessas compras comedidas e precisa encontrar meios para lidar com esta realidade, reduzindo custos operacionais, entre outros caminhos”, avalia. Quem achar esse caminho saudável, segundo ele, terá maiores chances de mostrar sua capacidade de resiliência mesmo com os riscos que são inerentes. Como retorno, será o vencedor de outra luta, a da concorrência. “A adversidade, muitas vezes, pode ser vista como oportunidade de gerar bons negócios”, aconselha Melo.
Apostar na criatividade, inovação, investir em soluções, novos produtos e modelos de negócios podem ser ataques positivos das empresas para ajudarem na fidelização e se saírem vitoriosas. “Da mesma forma, vale investir em uma melhor comunicação entre cliente e fornecedor, criando novos canais e buscando manter a transparência dessa relação”, diz ele. 
Mas, independente dos golpes planejados e das esquivas feitas, é importante que tanto empresa quanto cliente não percam as esperanças. De acordo com Melo, o Governo tem demonstrado intenção de fazer ajustes necessários na economia, o que deve melhorar as relações de consumo. “Além disso, empresas e consumidores também devem fazer sua parte, oferecendo e tomando crédito com responsabilidade, por exemplo. Dessa forma, sairemos de uma situação adversa, recomeçando um novo ciclo virtuoso para o mercado.”

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