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Volta a queda de confiança

Depois de ter registrado duas altas mensais consecutivas, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da capital paulista voltou a cair em julho. Foi uma leve queda de 0,4% em julho, passando dos 98 pontos, em junho, para os 97,7 pontos este mês. Porém, na comparação com o mesmo mês do ano passado houve alta de 15,5%. O ICC é apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Composto pelo Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA) e pelo Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), o indicador varia de zero a 200 pontos, sendo que abaixo de 100 pontos significa pessimismo e acima, otimismo.
 
O motivo da queda foi a retração do ICEA, que caiu 2%, quando em junho tinha 52,4 pontos e passou para 51,3. Representando um recuo de 16,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando estava em 61,3 pontos. Para os economistas da Entidade, a gravidade da situação econômica atual pode ser confirmada observando a segmentação por gênero, em que as mulheres apresentaram queda de 3%. Ao passar de 45,7 em junho para 44,3 pontos em julho. Sendo esse o menor valor da série histórica iniciada em maio de 1999. É a segunda retração mensal consecutiva do indicador que está 20,8% abaixo dos 56 pontos observados em julho de 2015. A Entidade ressalta que as mulheres normalmente fazem o controle do orçamento doméstico e têm uma melhor percepção da variação dos preços (inflação), que ainda pressiona a renda das famílias.
 
Por outro lado, o IEC ficou praticamente estável (0,1%) em relação ao mês anterior com 128,6 pontos, o maior valor desde fevereiro de 2014 e registrou alta de 28,5% na comparação com julho de 2015. Segundo a FecomercioSP, as condições econômicas atuais do consumidor permanecem ruins e a recuperação do ICC observada nos últimos dois meses estava baseada, principalmente, na melhora das expectativas, resultado de um voto de confiança da população na nova equipe econômica e da esperança de uma resolução da crise política. Um crescimento sustentado do indicador só viria, de acordo com a Entidade, a partir da sinalização de que os ajustes e reformas, essenciais para a retomada do crescimento do País, serão aprovados e implementados.
 
Ainda de acordo com a Federação, por outro lado, como observado no mês passado, o índice mostrou elevação na comparação interanual confirmando a recuperação nessa base de comparação após três anos seguidos de retração. Para a entidade, grande parte disso se deve à base de comparação muito fragilizada em conjunto com a recente atmosfera de otimismo com as mudanças no quadro político – o que dá a esperança que “dias melhores virão” com as mudanças políticas se concretizando em mudanças econômicas.

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