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As vantagens da cessão de crédito



Em maio de 2011, balanço do Banco Central indicava a existência de R$ 139,2 bilhões em créditos em atraso, de 61 a 360 dias, de um total de R$ 1,8 trilhão. O levantamento indicava também, a partir de dados da KPMG, o volume estimado de R$ 180 bilhões em empréstimos cancelados. A partir desses valores, o mercado de cessão de crédito no Brasil é hoje de R$ 100 bilhões, podendo atingir R$ 300 bilhões. Para os consultores da Tendências Consultoria, essa atividade é vantajosa para a economia como um todo, na medida em que reduz o impacto negativo da inadimplência.

 

Ao vender a carteira de crédito vencida e não paga, as empresas diminuem os riscos associados ao não pagamento de seus recebíveis e criam uma fonte alternativa de receitas. “Por meio das operações de FIDC, Fundos de Investimento em Direitos Creditórios, as empresas originadoras dos créditos (que têm recebíveis registrados no balanço) securitizam as carteiras de crédito, em um processo pelo qual um grupo relativamente homogêneo de ativos é convertido em títulos mobiliários passíveis de negociação. É, portanto, uma forma de transformar ativos individuais relativamente ilíquidos em títulos mobiliários líquidos, transferindo os riscos associados a esses ativos para os investidores que compram esses títulos”, informa a análise da Tendências Consultoria.

 

Os consumidores também são beneficiados pela cessão de crédito, uma vez que o desestímulo à inadimplência reduz o preço dos produtos ou serviços para os bons pagadores.

 

Criada há pouco mais de duas décadas, a cessão de créditos está em expansão mundialmente. Os créditos duvidosos da Espanha aumentaram de ? 20 bilhões em 2007 para mais de ? 100 bilhões em 2010. Nos Estados Unidos, cresceram de US$ 20 bilhões em 2000 para US$ 120 bilhões em 2010. No Brasil, esse mercado ganhou expressão há pouco mais de cinco anos, em paralelo ao crescimento acelerado do crédito e, consequentemente no número de devedores e dívidas inadimplidas.

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