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Brasileiro honra pagamentos



Mesmo com as compras facilitadas do Natal e as pressões das despesas de início de ano, como IPVA e IPTU, o crescimento da economia está contribuindo para que os pagamentos dos consumidores sejam honrados. Segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor, na comparação anual, o indicador registrou queda de 2,2%, representando o maior recuo para esta relação entre os meses de fevereiro, desde 2004. Na relação mensal – fevereiro contra janeiro de 2010 -, a inadimplência apresentou queda de 3,1%.

 

De acordo com Fábio Gallo Garcia, professor de finanças pessoais da EAESP-FGV, a queda dos índices de desemprego e o aumento da renda foram os principais motivos que ajudaram os consumidores a honrar os compromissos. “Esses números mostram que o brasileiro está menos inadimplente em um período que se costuma verificar um comportamento diferente, porque as festas de fim de ano e as contas do mês de janeiro, como IPTU e IPVA, fazem com que fevereiro seja um mês de inadimplência do consumidor, sobretudo, devido à falta de organização financeira das famílias”, explica.

 

No acumulado do ano – primeiro bimestre de 2010 em comparação com o mesmo período do ano anterior -, a inadimplência caiu 5,3%, representando o maior percentual de queda nessa relação, desde 2000. De acordo com os economistas da Serasa Experian, a perspectiva é de que a inadimplência do consumidor continue em queda por, pelo menos, todo o primeiro semestre de 2010, coerente com o bom cenário econômico, a geração de empregos e a evolução da renda.

 

A queda da inadimplência do consumidor em fevereiro foi decorrente do recuo de 4,6% na inadimplência nos cartões de crédito e financeiras, que contribuiu com 1,5 ponto percentual no declínio de 3,1% registrado pelo indicador. Em seguida, ambas com contribuição negativa de 0,7 ponto percentual, estão as devoluções de cheques sem fundos e as dívidas não honradas junto aos bancos com quedas de 4,2% e 1,4%, respectivamente. Por último, os títulos protestados apresentaram recuo de 13%, o que representou contribuição de -0,3 ponto percentual na queda agregada do indicador.

 

As dívidas com os bancos representam a maior parcela da inadimplência do consumidor no país. No primeiro bimestre de 2010, a modalidade representou 48,1%, no indicador. No mesmo período de 2009, este percentual era de 43,4%. Em seguida estão as dívidas com cartões de crédito e financeiras, representando 32,9% de janeiro a fevereiro deste ano. No acumulado de 2009, a participação da mesma modalidade era de 37%.

 

Em terceiro lugar, aparecem os cheques sem fundos, com 16,9% de representatividade nos primeiros dois meses de 2010. Na mesma comparação do ano anterior, a participação no indicador era de 17,7%. A menor parcela é representada pelos títulos protestados que registraram 2,1%, no primeiro bimestre deste ano, contra 1,9% no primeiro bimestre do ano passado.

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