O Cadastro Positivo, que já vigora desde janeiro deste ano, entrará em nova fase de implantação hoje (1), com o início do compartilhamento de informações dos bancos com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e demais bureaux do mercado. Com a operação do sistema de concessão de crédito, que reunirá informações sobre o histórico de pagamentos em dia dos consumidores, a expectativa é de que o processo de avaliação e concessão de crediários e de linhas de financiamentos seja desburocratizado, podendo incidir em redução das taxas de juros e na flexibilização dos prazos para pagamento.
O superintendente do Serviço de Proteção ao Crédito, Nival Martins, afirma que o Cadastro positivo é um sistema mais justo, em que os bons pagadores são valorizados. “Com o Cadastro Positivo vamos aperfeiçoar o modelo de concessão de crédito. Será um sistema mais preciso para o lojista, mais assimétrico para o mercado e mais justo para o consumidor”, garante.
Outra consequência direta do Cadastro Positivo e da avaliação personalizada do modelo de concessão de crédito, na avaliação de Martins, será a redução significativa dos índices de inadimplência e de superendividamento. “Essa nova condição, facilita também muito a vida das empresas, uma vez que elas passam a ter a sua disposição uma quantidade muito maior de informações sobre quem está solicitando o crédito”, explica.
Rumo ao positivo
Até a criação do Cadastro Positivo, o que exisitia no Brasil era o chamado ‘cadastro negativo’, utilizado para checar o histórico de inadimplência. O Cadastro Positivo inverte essa realidade para o mercado de crédito. Os dados utilizados pelo SPC passam a informar, também, a pontualidade do consumidor no pagamento de suas contas, listando os bons pagadores e aqueles que cumpriram seus compromissos em dia. A adesão ao cadastro é opcional e gratuita. Além disso, o consumidor pode solicitar a retirada do seu nome a qualquer momento.