Recentes, as transformações no comportamento do consumidor brasileiro sinalizam que a busca pela formação patrimonial tem se destacado entre as metas para os próximos anos. Com a elevação do poder aquisitivo da população, a aquisição de veículos particulares, por exemplo, deixou de ser um objetivo difícil de alcançar há algum tempo. Seja por financiamentos, consórcios ou economia para pagar à vista, o sonho de carro próprio já é realidade para muitos cidadãos.
Em fevereiro deste ano, o crédito para o financiamento de automóveis apresentou moderada alta de 6,6%, se comparado ao segundo mês de 2011, e fechou com saldo de R$ 201,5 bilhões. Divulgados pela Anef, Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras, os dados devem reagir mais intensamente no segundo semestre do ano, historicamente mais aquecido que o primeiro.
Como alternativa ao financiamento tradicional, os consórcios tendem a crescer ano a ano. Numa comparação entre 2009 e 2011, a média nacional de participação de consórcios nas vendas internas de veículos leves (automóveis, utilitários e camionetas) subiu 51,3%, passando de 7,8% para 11,8%, respectivamente. É o que revelam os dados da Abac, Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “Os números mostram que o brasileiro, sentindo-se seguro em seu emprego e com renda em alta, esteja onde estiver no país, está cada vez mais atento aos seus gastos e investimentos”, informa Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da Abac.
Apesar do aumento na oferta de crédito e na demanda por consórcios, o anseio por quitar à vista o automóvel, sem se prender a financiamentos, também teve alta recente, de acordo com a pesquisa O Observador 2012, realizada pela Cetelem BGN e pela Ipsos Public Affairs, com 1,5 mil brasileiros. Entre as propriedades que todas as classes sociais buscam, o desejo do carro parece ser unânime.
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