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Equilibrando perdas e ganhos

As expectativas para esse ano não são das mais animadoras para o mercado de crédito. A crise deve continuar causando efeitos negativos. No setor, o ano deve ser, novamente, de recessão, sendo que as perspectivas são piores que as do começo de 2015, já que a política monetária deve continuar em um momento crítico e a inflação deve superar o teto, segundo Flavio Calife, economista da Boa Vista SCPC. “O crédito deverá sofrer nova desaceleração, podendo ficar em torno de 5%. Para os recursos livres, a diminuição deverá ser menos intensa do que a dos recursos direcionados, ao reduzir de 4,0% para 3,5%. Para os direcionados, espera-se uma redução pela metade, atingindo crescimento em torno de 6%”, afirma Calife.

Entre os desafios que o ano pode trazer, a inadimplência em alta parece ser o mais relevante. A deterioração do cenário macroeconômico pode causar atraso no pagamento das contas, aumentando o índice de devedores. “Nas empresas a inadimplência deve atingir os 5%. Para pessoas físicas, o ajuste estrutural do mercado de trabalho deverá ser muito significativo para a inadimplência neste ano, podendo atingir os 6,5%”, comenta. Outro desafio significativo apontado pelo economista são as altas taxas de juros ao consumidor. Segundo ele, ao longo do ano, tanto os juros de captação quanto os spreads devem aumentar.

Sobre a demanda de crédito em 2016, Calife comenta que deve continuar baixa, seguindo os patamares de 2015, quando o indicador da Boa Vista apontou recuo de 7%. Mas, mesmo com a demanda em queda, a busca por crédito ainda existe. A concessão para empresas tem risco elevado, por isso, a oferta estará menor, mas, devido ao cenário macroeconômico, algumas empresas devem encontrar dificuldades para pagar as contas e recorrer ao crédito. Os consumidores também estão com o orçamento apertado e devem demandar crédito para conseguir quitar suas dívidas.

Diante desse cenário, Calife aponta que o mais importante para o mercado de crédito em 2016 é manter a seletividade para evitar o endividamento em excesso. “O mercado de crédito está diante de um cenário complicado, especialmente no que tange aos riscos de inadimplência. Com isso, as concedentes devem reavaliar suas políticas e calibrar seus modelos estatísticos a fim de minimizar as perdas e maximizar os ganhos”, completa.

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