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Financiamento das famílias cresce

Em junho, o Índice de Intenção de Financiamento atingiu 16,1 pontos. Uma alta de 12% na comparação com o mês anterior. Apesar da elevação, apenas 7,8% dos entrevistados afirmaram ter intenção de contrair empréstimos nos próximos três meses. Comparando com junho de 2015, quando o indicador registrou 21,1 pontos, o recuo foi de 23,6%. Ou seja, mesmo com indícios de melhora, o comportamento dos consumidores ainda se mostra conservador para a tomada de empréstimos neste momento de crise. Os dados são da Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

O Índice de Segurança de Crédito, que mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas, também teve alta. Aumentando 6,2% em junho na comparação com maio e atingiu 85,1 pontos. Já no comparativo anual mostrou leve elevação de 0,9%. Entre os endividados, o índice teve alta mensal de 8,3%, enquanto, entre os não endividados, registrou crescimento de 2,6%.

De acordo com a FecomercioSP, os sinais de retomada da intenção de financiamento são consequências da melhoria da percepção da economia por parte dos consumidores, captada pelo Índice de Confiança do Consumidor – também publicado pela Federação. Ainda que a crise não tenha passado, ao menos a mudança de diretrizes da política econômica tem gerado efeitos positivos nas expectativas de empresários e consumidores. Essas mudanças positivas, segundo a Entidade, quanto mais consistentes, trarão efeitos reais no comportamento dos agentes, que voltarão a consumir, buscar crediários e investir, viabilizando assim a retomada gradual da atividade econômica.

Aplicações
A poupança continua a ser a aplicação preferida dos brasileiros. Mas tem perdido espaço para a renda fixa aos poucos, por conta da inflação e da Selic elevadas. Em junho, 69,5% dos aplicadores tinham na poupança o principal destino dos seus recursos. No mesmo mês de 2015, a proporção era de 72,4%. Segundo a Entidade, a poupança segue gradativamente perdendo espaço também para previdência privada, como era de se esperar diante de juros nominais de 14,25% e do envelhecimento da população.

A proporção de investidores cuja principal aplicação é a renda fixa atingiu 18% em junho, ante 15,4% no mesmo mês de 2015. No caso da previdência privada, a parcela passou de 5,6% para 8,3%. Já nas aplicações em ações, a proporção chegou a 1,9% ante os 2,2% registrados em junho de 2015.

A tendência de juros se reverteu nas últimas semanas e agora a hipótese de que o Banco Central comece a reduzir a Selic ainda neste ano se tornou plausível. Essa mudança não era esperada no primeiro trimestre e ganhou força. Com isso, segundo a FecomercioSP, a poupança continuará tendo a preferência da maioria dos poupadores. Os juros altos dos últimos meses, contudo, fizeram com que uma parte dos que poupam optasse por aplicações mais rentáveis e tão seguras quanto à poupança – renda fixa, principalmente.

A Entidade acredita que, em um futuro próximo, a tendência é de que os juros básicos sejam reduzidos e é possível que os poupadores voltem a apostar na segurança da caderneta. Por outro lado, muitos aplicadores tendem a ser resistentes a mudar de aplicação no curto prazo, o que deve manter o atual quadro nos próximos meses.

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