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Impacto negativo

Uma campanha publicitária nos Estados Unidos, acusada de racista, derrubou a satisfação dos consumidores no setor de bens de consumo, que apresentou variação negativa de 26,3pp – passando de 77,3% em setembro para 51% no mês passado. A informação é do Índice Nacional de Satisfação do Consumidor (INSC), medido pela ESPM, que também teve queda – de 0,9pp, caindo de 52,6% para 51,7% em outubro. O setor de bens de consumo avalia quatro grandes empresas – Unilever, Hypermarcas, P&G e Bombrill. Em outubro, a repercussão negativa de um filme sobre um produto da marca Dove, que pertence à Unilever, foi tão grande que causou polêmica também no Brasil, além de comentários pedindo boicote à marca.
 
Outros dois segmentos apresentaram quedas expressivas na satisfação dos consumidores. Um deles foi o de vestuário – retração de 4,7pp, passando de 77,5% em setembro para 72,8% no mês passado. As causas apontadas pelo INSC são as polêmicas envolvendo o principal dirigente de uma das redes, que, além de ter apoiado publicamente a portaria do trabalho escravo, foi alvo de denúncias de coação, calúnia e injúria. Neste setor, o estudo analisa as redes Colombo, Marisa, Renner e Riachuelo. Também negativa foi a avaliação da indústria digital – retração de 2,8pp, caindo de 80,2% em setembro para 77,4% -, em razão de publicações sobre prejuízos, queda nas vendas e denúncias de que hackers estariam conseguindo ligar fogões de uma das quatro marcas pesquisadas: HP, Itautec, LG e Positivo.
 
Por outro lado, em outubro, as maiores altas na satisfação dos consumidores foram dos setores de aviação e da indústria automobilística. O primeiro teve variação positiva de 4,1pp – saltando de 29,6% em setembro par 33,7%. O resultado está diretamente relacionado à performance de uma companhia aérea, mencionada favoravelmente na Internet em razão de suas promoções, bem como por sua revista de bordo. As empresas avaliadas são Avianca, Azul, Gol e Latam. A indústria automobilística apresentou aumento de 1,6pp – passando de 66,2% em setembro para 67,8% no mês passado, em virtude de notícias sobre o evento de um dos players do setor, durante o qual seria anunciado o nome do novo carro da marca, o que gerou uma série de brincadeiras e comentários positivos. O INSC analisa Fiat, Ford, GM e Volkswagem.
DEMAIS SETORES
Dos 23 segmentos pesquisados pelo INSC, indicador brasileiro com dados totalmente levantados na internet, 17 apresentaram variação negativa em outubro. Além de bens de consumo, vestuário e indústria digital, a retração ocorreu em lojas de departamento, drogarias, eletroeletrônicos, personal care, bebidas, indústria alimentícia, bancos, seguradoras, comunicações, indústria farmacêutica, convênios médicos, saneamento básico, energia elétrica e gás. Os outros tiveram aumento: supermercados, hospitais & laboratórios, transportes metropolitanos e construtoras, além da indústria automobilística e aviação.

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Impacto negativo?

Desde o início do ano passado, as taxas de juros têm apresentado aumento significativo. A pergunta que fica é: qual será o impacto disso no mercado de crédito? Segundo Altamiro Carvalho, assessor econômico da FecomercioSP, o aumento dos juros ao consumidor já está num ciclo de crescimento desde o segundo semestre do ano passado e o resultado é um crescimento fraco da procura por crédito. “Em 2013, o volume de crédito cresceu apenas 1,6% em termos reais em relação ao ano anterior. Este ano o volume, até maio, descontada a inflação, já é inferior aos cinco primeiros meses de 2013. Em outras palavras, o mercado de crédito está se retraindo, depois de um ciclo de expansão vigoroso ao longo da década anterior”, comenta.
O impacto disso no comportamento do consumidor, segundo Carvalho, no entanto, não é muito significativo, porém a procura por crédito deve diminuir. “O consumidor não se sente, atualmente, com a segurança necessária para comprometer a renda futura. O crédito mais caro é só mais um fator desestimulante para a procura por crédito, que só se torna viável quando existe confiança das famílias quanto à manutenção de seu orçamento futuro e com a manutenção do emprego”, explica.
Sobre as modalidades de crédito com maior alteração nesse período, segundo o economista, está o cheque especial, seguido do crédito pessoal não consignado. “Nos últimos 12 meses terminados em maio, o Banco Central informa que o cheque especial foi a forma de empréstimo que mostrou o maior aumento de juros, passando de 136% ao ano em maio de 2013 para 169% ao ano em maio de 2014, com 32% de aumento. Em seguida, vem o crédito pessoal não consignado, que passou de 68% para 98% nesse mesmo período”, afirma.

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