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Inadimplência nas empresas

O número de empresas inadimplentes bateu novo recorde em março deste ano, revela estudo da Serasa Experian. O levantamento realizado em março de 2015 apontou que 3,8 milhões de empresas estão com dívidas em atraso, do total de 7 milhões de companhias do cenário nacional que estão em operação. O número é superior ao verificado em setembro de 2014, quando foram registradas 3,6 milhões de empresas em situação de inadimplência. O valor total da dívida é de mais de R$ 86,4 bilhões – uma média de R$ 22,8 mil por CNPJ negativado.
O estudo revelou ainda que, entre as empresas inadimplentes, o setor mais atingido é o comércio (comércio de bebidas, vestuário, veículos e peças, eletrônicos, entre outros), com 46,3% do total. Em seguida estão as companhias de serviços (bar, restaurante, salões de beleza, turismo, entre outros) com 43,7%, e indústria (9%).
O Sudeste é a região que concentra a maioria das empresas inadimplentes do país: 51,4%. Em segundo lugar aparece o Nordeste, com 17,5%, seguido do Sul (17,1%), Centro-oeste (8,4%) e Norte (5,7%).
Quase metade das empresas inadimplentes possuem quatro dívidas ou mais (49,4%). Em seguida, vem as empresas com apenas uma dívida (29,1%) e as empresas com duas dívidas (13,0%). As companhias com três dívidas são a minoria (8,3%). A maioria das empresas está devendo para apenas um credor (59,0%). Do total, 20,6% deve para mais de três credores e 20,3% estão com pagamentos pendentes para dois credores.
O estudo também mostrou que as empresas com faixa etária entre 2 e 5 anos são responsáveis pelo maior percentual entre as inadimplentes (36,7% do total). Em seguida, vem as empresas com idade entre 6 e 10 anos (21,8%). O tempo de atraso das dívidas também foi apurado pelo estudo. O resultado mostra que a maioria das dívidas tem entre 1 a 2 anos (20%) e 19% tem de 2 a 3 anos de existência. Apenas a minoria (2,4%) tem até 30 dias de atraso. 
Segundo os economistas da Serasa Experian, o quadro recessivo que se instalou na economia brasileira desde o ano passado afeta diretamente o ritmo dos negócios e, por consequência, a geração de caixa por parte das empresas. Além disto, a crescente elevação dos custos financeiros (taxas de juros mais altas) e de mão-de-obra (salários crescendo acima da produtividade) impõe maiores dificuldades financeiras, para os negócios. A grande maioria das empresas negativadas são pequenas e médias, pois concentram a maior parcela da geração de empregos no Brasil. E a falta de caixa para honrar as dívidas também impacta o pagamento de salários, ajudando a engrossar as taxas de desemprego.

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