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Intenção de financiamento cresce

O Índice de Intenção de Financiamento, um dos indicadores que compõem a Pesquisa de Risco e Intenção de Endividamento (PRIE), se manteve praticamente estável em agosto, na comparação com julho. Demonstrando que o conservadorismo das famílias paulistanas em contrair dívidas permanece alto, em meio ao cenário de crédito caro e desemprego elevado. O Índice de Intenção de Financiamento apresentou alta de 3,5% em agosto na comparação com o mês anterior e atingiu 15,3 pontos. 
Porém, em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o indicador registrou 17,3 pontos, houve recuo de 11,7%. Essa diferença anual evidencia que nos momentos de crise a demanda de crédito cresce para compor orçamento, mas o avanço é limitado pelas novas restrições da oferta. Atualmente, apenas 7,3% dos consumidores paulistanos estão dispostos a tomar crédito, muito abaixo dos 10,2% da média histórica. A pesquisa é elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 
 
O Índice de Segurança de Crédito, que mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas, apresentou alta de 5,8% em agosto na comparação com julho e atingiu 84,3 pontos. No comparativo anual o indicador mostrou elevação ainda maior: 8%. Entre os endividados, o índice teve crescimento mensal de 5,4%, enquanto, entre os não endividados, o aumento foi de 6,6%.
 
De acordo com a FecomercioSP, o cenário de idas e vindas dos indicadores de segurança nos últimos meses deu lugar a um ambiente mais positivo, com melhoria de todos os indicadores apurados pela entidade. Mas esse quadro está ainda sujeito à transitoriedade da situação política e ao problema do mercado de trabalho, que não foi resolvido. Sobre o risco de crédito, a Federação alerta para a possibilidade de inadimplência caso, conforme a Entidade projeta, o desemprego suba ainda mais neste ano.
 
Aplicações
A poupança continua sendo a aplicação preferida dos paulistanos. Em agosto, 64,3% das famílias afirmaram que a poupança foi o principal destino dos seus recursos. Em agosto de 2015 a proporção era maior (69,5%). Apesar da alta pontual em agosto, a poupança perdeu espaço ao longo dos últimos meses tanto para a renda fixa quanto para a previdência privada, diante de juros nominais de 14,25% e do envelhecimento da população.
 
A proporção de investidores cuja principal aplicação é a renda fixa atingiu 17,7% em agosto, ante 19,4% no mesmo mês de 2015. No caso da previdência privada, a parcela passou de 5,1% para 11,7% no mesmo período. Segundo a FecomercioSP, os juros altos dos últimos meses fizeram com que uma parte dos poupadores optasse por aplicações mais rentáveis e tão seguras quanto a poupança – renda fixa, por exemplo.
 
De acordo com a Entidade, no futuro próximo, a tendência é que os juros básicos sejam reduzidos e com isso há a possibilidade dos que mantiverem dinheiro guardado voltarem a apostar na segurança da Caderneta de Poupança, mas também podem olhar para opções como a Bolsa, por exemplo, principalmente vendo o desempenho atual das aplicações do Ibovespa. A Federação ressalta, porém, que muitos aplicadores tendem a ser bastante resistentes para mudar de aplicação no curto prazo, o que deve manter o atual quadro com alterações pequenas no curtíssimo prazo.

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