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A economia brasileira passa por um período delicado, afetando todos os setores, inclusive o de crédito. Por conta disso, as expectativas para 2016 nesse mercado apontam para um ano de desafios. Um dos impactos que já vem aparecendo é na concessão. O risco de aumento na inadimplência e a instabilidade devem levar as concedentes a serem ainda mais rígidas, diminuindo o volume de crédito ofertado. “Por conta da inadimplência, que subiu tanto nesse último ano de 2015, os bancos, financiadoras e afins também estão retraindo a concessão”, conta Marcela Kawauti, economista chefe do SPC Brasil.

Nesse ponto, a saída para as empresas continuarem concedendo crédito, segundo a economista, é investir ainda mais na análise, para diminuir os riscos. “O principal desafio é conceder crédito para a pessoa certa, porque, apesar de o crédito estar mais escasso, ainda existe a vontade de dar crédito, até porque tem algumas empresas que vivem disso”, alerta Marcela.

Outra questão que deve ser muito relevante para o mercado de crédito este ano é o alto custo da concessão, aliado às altas taxas. “Com a elevação da Selic, encarecimento dos custos e aumento dos riscos, a taxa de juros ao consumidor deverá manter tendência de alta, tanto os juros de captação como os spreads deverão aumentar ao longo do ano”, explica Flavio Calife, economista da Boa Vista SCPC.

Com isso, os bancos precisam encontrar uma forma de tornar o processo mais barato, para continuar atraindo os consumidores, mas, ainda assim, evitando os riscos. “Se você não conseguir otimizar esse processo com uma análise de crédito mais eficaz, pode tornar o crédito inviável para o consumidor”, afirma Virginia Moreira, diretora comercial de crédito consignado do Banco Intermedium, apontando para o mesmo caminho já destacado por Marcela.

Assim, o papel dos bancos parece ser de se estruturar para continuar concedendo crédito mesmo em um momento de crise econômica. “Os concedentes devem reavaliar as políticas e calibrar os modelos estatísticos a fim de minimizar as perdas e maximizar os ganhos. A preocupação com todas as etapas do ciclo deve aumentar”, conclui Calife.

Qual será o maior desafio do mercado da concessão de crédito em 2016? Deixe a sua opinião na enquete do Portal Crédito e Cobrança.


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