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Negócio de risco

O grande incentivo à tomada de crédito nos últimos anos, nas mais diversas carteiras, deixou a população, em geral, mais tranquila e segura para consumir – inclusive das classes C e D. Mesmo com taxas e juros mais altos, a sua avaliação não tão rigorosa deixava o crédito rotativo levemente interessante frente às demais oportunidades. Entretanto, desde o segundo semestre de 2014, a situação mudou drasticamente e as necessidades também. Se antes o motivo para buscar uma linha de crédito era realizar o sonho da casa própria, hoje a busca é para ajuda a fechar o orçamento da casa. Como as concessionárias de crédito também estão mais restritas, o rotativo está ganhando cada vez mais espaço. E isso pode ser preocupante tanto para o consumidor quanto para quem concede o crédito.
Até porque, essa é a modalidade de crédito mais cara do mercado – não somente no Brasil, mas também nos Estados Unidos e Inglaterra. Além disso, o rotativo não apresenta nenhuma garantia para quem fornece, ao mesmo passo em que é oferecido facilmente. “Nos últimos anos, a classe social C e D, conquistou o direito de ter um cartão de crédito, muito impulsionado pelos cartões de loja. Isto elevou o índice de inadimplência a um patamar que o único recurso que as instituições têm é cobrar mais caro para suportar esta inadimplência”, ilustra Denis Correia, sócio diretor da DMCard.
Apesar de não existir um perfil específico para o consumidor que busca esse crédito, fato é que a grande maioria dos contratantes o busca com a expectativa de sair rápido. Só que com os altos juros para se financiar a médio prazo, muitas vezes  o tiro sai pela culatra e o consumidor entra para a lista de inadimplentes. Tanto que, segundo Correia, a expectativa é de aumento significativo da inadimplência. Para contornar o problema, ele comenta as medidas encontradas para não sofrer com a situação. “A maioria das operações estão reduzindo consistentemente suas aprovações. No caso da DMCARD, saímos de 62% de taxa de aprovação em 2014 para 48% em 2015 – se pesquisar o mercado, a média deve girar uma queda em torno de 50% para 25% de aprovação”, explica.

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