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O novo cenário da classe C



Com maiores possibilidades de compra e venda, financiamento, prestações cada vez menores, o potencial de consumo da classe C brasileira vem aumentando de forma significativa. A facilidade de obtenção de crédito faz com que uma parte significativa da população, a chamada nova classe média, tenha acesso a bens que, até então, lhe eram inimagináveis. “A renda em crescimento e a economia com pleno emprego é natural que se projete uma melhoria nas condições de consumo das famílias. Além das vendas com financiamentos de longo prazo, com prestações que, em princípio cabem no bolso, daí para frente e só decidir o que consumir” avalia o diretor executivo da empresa ML Serviços Financeiros, João Leme.


Diante desse novo cenário, o foco dos gastos pode ser dos mais variados: Eletroeletrônicos, eletrodomésticos, um carro mais novo, roupas de grife, ou, ainda, um imóvel com prestações mais baixas do que um aluguel, ilustra. De acordo com Leme a classe C passa a figurar como consumidora potencial e meta dos departamentos comerciais das empresas e de suas ações publicitárias. “Acho que o primeiro aspecto esta no desejo de consumir, de realizar desejos e sonhos. Nisso a propaganda faz um papel importante, levando a informação direto ao ponto, que é seduzir” observa.  


Mas isso não significa necessariamente que ações de marketing das empresas sejam direcionadas especificamente para a classe emergente, como complementa o diretor executivo: “A decisão de compra é do cliente. Acho muito difícil um marketing direcionado, só para quem tem condições de pagar. Acredito que não é papel das empresas tutelar o cliente a ainda assumir responsabilidade, as empresas devem assumir os seus riscos, e o consumidor as suas decisões”, ressalta.


João Leme aponta ainda, os riscos dos quais as empresas devem estar atentas ao lidarem com a participação efetiva da classe C no mercado de consumo. “Acho que o primeiro ponto é a questão de esclarecimentos na hora da compra. Outro aspecto esta relacionado à educação financeira. Esta classe acabou entrando na roda de consumo sem ter conhecimento de como funcionam os cartões de crédito, os financiamentos de bens, e principalmente as penalidades no caso de inadimplência”, evidencia. O diretor da ML Serviços Financeiros termina enfatizando a responsabilidade dos credores em agirem com segurança ao negociarem com seus clientes visando, principalmente, uma relação estável e duradoura. “Acho fundamental que os agentes de varejo e financiamento entendam que  crédito acima do limite de segurança compromete a capacidade de pagamento e isso no médio prazo pode matar o consumidor para o consumo, principalmente os mais jovens”, adverte. 

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O novo cenário da classe C



Com maiores possibilidades de compra e venda, financiamento, prestações cada vez menores, o potencial de consumo da classe C brasileira vem aumentando de forma significativa. A facilidade de obtenção de crédito faz com que uma parte significativa da população, a chamada nova classe média, tenha acesso a bens que, até então, lhe eram inimagináveis. “A renda em crescimento e a economia com pleno emprego é natural que se projete uma melhoria nas condições de consumo das famílias. Além das vendas com financiamentos de longo prazo, com prestações que, em princípio cabem no bolso, daí para frente e só decidir o que consumir” avalia o diretor executivo da empresa ML Serviços Financeiros, João Leme.


Diante desse novo cenário, o foco dos gastos pode ser dos mais variados: Eletroeletrônicos, eletrodomésticos, um carro mais novo, roupas de grife, ou, ainda, um imóvel com prestações mais baixas do que um aluguel, ilustra. De acordo com Leme a classe C passa a figurar como consumidora potencial e meta dos departamentos comerciais das empresas e de suas ações publicitárias. “Acho que o primeiro aspecto esta no desejo de consumir, de realizar desejos e sonhos. Nisso a propaganda faz um papel importante, levando a informação direto ao ponto, que é seduzir” observa.  


Mas isso não significa necessariamente que ações de marketing das empresas sejam direcionadas especificamente para a classe emergente, como complementa o diretor executivo: “A decisão de compra é do cliente. Acho muito difícil um marketing direcionado, só para quem tem condições de pagar. Acredito que não é papel das empresas tutelar o cliente a ainda assumir responsabilidade, as empresas devem assumir os seus riscos, e o consumidor as suas decisões”, ressalta.


João Leme aponta ainda, os riscos dos quais as empresas devem estar atentas ao lidarem com a participação efetiva da classe C no mercado de consumo. “Acho que o primeiro ponto é a questão de esclarecimentos na hora da compra. Outro aspecto esta relacionado à educação financeira. Esta classe acabou entrando na roda de consumo sem ter conhecimento de como funcionam os cartões de crédito, os financiamentos de bens, e principalmente as penalidades no caso de inadimplência”, evidencia. O diretor da ML Serviços Financeiros termina enfatizando a responsabilidade dos credores em agirem com segurança ao negociarem com seus clientes visando, principalmente, uma relação estável e duradoura. “Acho fundamental que os agentes de varejo e financiamento entendam que  crédito acima do limite de segurança compromete a capacidade de pagamento e isso no médio prazo pode matar o consumidor para o consumo, principalmente os mais jovens”, adverte. 

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