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O surgimento da nova classe C



Alguns acontecimentos da história recente do Brasil explicam o aumento do poder de consumo da classe C no País. Fernando Modenezi, gerente de qualidade da R Brasil Soluções relembra, por exemplo, que “em 1994, Fernando Henrique conseguiu reduzir a taxa da inflação que era de 50% ao mês para algo perto de 1,7% nos primeiros meses de 1995 e o Plano Real trouxe um substancial ganho para o trabalhador. Além de o salário deixar de ser corroído mensalmente pela inflação, as classes de renda mais baixas foram favorecidas pelo aumento de 54% no valor do salário mínimo”.


No decorrer dos fatos, a nova moeda trouxe melhores condições para a economia e proporcionou um maior investimento na educação. “As pessoas que fizeram parte destes processos de investimento educacional começaram a entrar no mercado de trabalho e com a redistribuição de uma moeda estável através de programas de transferência de renda, a desigualdade começou a cair” aponta Modenezi.


Nessa questão de diferenças da distribuição de renda, o gerente de qualidade enfatiza a diminuição dos números. “O índice de Gini teve uma queda substantiva desde 1993, de 0,606 para 0,519 em 2012. Brasileiros que antes eram considerados de baixa renda conseguiram acesso ao crédito através de empregos formais que contribuíram para o aumento da renda familiar representando a maioria de consumidores em todas as categorias de consumo, como móveis e eletrodomésticos, alimentação e bebidas, roupas e calçados, entre outros”, contextualiza. 


O perfil do consumidor da nova classe C também sofreu alterações, analisa Modezini. “Além da compra de bens duráveis a prazo, este novo consumidor substituiu produtos básicos por produtos de marcas caras e passaram a comprar maior gama de produtos. Essa mudança de comportamento causa uma dependência no consumo difícil de ser revertida até mesmo por quem está acostumado com o controle financeiro. Hoje o consumidor têm necessidades de coisas que há 20 anos nem existiam, como TV a cabo, internet, sabonete líquido, iogurtes funcionais, etc…”, salienta.


Mas, apesar do aumento do consumo, Modezini chama a atenção para a importância e responsabilidade das empresas em evitar o deslumbramento do cliente com a facilidade do crédito. “É difícil controlar como o crédito será usado, mas a informação é essencial, sobretudo para os consumidores desavisados ou influenciados pela compra por impulso, haja vista que vendedores ou ofertas ilusórias podem comprometer o pagamento. O consumidor sem informação não faz previsões ou tem cautela em se comprometer com pagamentos a longo prazo. Ele pensa no valor da parcela e não no valor final do produto, não pensa em imprevistos, instabilidade no trabalho, etc…” reitera. 
 

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