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Protagonista ou coadjuvante?

“Seremos coadjuvantes ou buscaremos o protagonismo, no mercado de recuperação de crédito?”. Com essa provocação, o presidente do Instituto Geoc, Luís Carlos Bento, deu início ao 8º Fórum de Inovação, no dia 8 de maio, em São Paulo. O evento reuniu cerca de 700 convidados, entre diretores e profissionais de empresas e instituições financeiras do país e integrantes do segmento.
O fórum abordou, entre outros temas, a aplicação prática da Inteligência Artificial na negociação de dívidas, gestão de performance e o futuro do mercado de trabalho após a revolução tecnológica. “Mais do que apresentar processos inovadores, tecnologia e disseminar conhecimento, a proposta do Fórum é chamar a atenção de todos sobre o potencial transformador dessas tendências, se aplicadas na prática. Digo sempre que correr risco é perigoso, mas ainda assim é mais seguro que sentar e esperar o tsunami chegar. Vale a pena buscar, identificar e investir na inovação. Aliás, é absolutamente fundamental!”, disse Bento.
Na palestra de abertura, o cofundador do ecossistema Business Transformation, José Davi Furlan, ressaltou que as novas gerações são mais adeptas às assinaturas e locações do que às aquisições de bens. Por isso, com o tempo, o crédito pode se tornar desnecessário. “Se existe essa probabilidade, tomaremos menos crédito e locaremos cada vez mais. Isso pode mudar o negócio de vocês significativamente.” E, em seguida, acrescentou: “Líderes antecipam. Os seguidores reagem. Não podemos só correr atrás do dia a dia. Vocês, tomadores de decisão, precisam dedicar 10% do seu tempo para investir no que vem por ai. Ser exponencial é atualizar e se atualizar constantemente. Organizações exponenciais precisam digitizar, desmaterializar, desmonetizar e democratizar”.
Durante o fórum, o conselheiro do IGeoc, Jefferson Frauches Viana, apresentou também a plataforma do instituto para negociação e pagamento de dívidas: o Dr. Débito. O grande objetivo da ferramenta é buscar oportunidades e mitigar riscos para as empresas contratantes, para as associadas e para a cadeia como um todo. “Este será o marketplace brasileiro para recuperação de crédito. Hoje no Brasil existem 62 milhões de inadimplentes. Reunimos aqui mais de 75 milhões de dívidas, que se encontram nas bases das 16 associadas do Instituto”, revelou.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PRÁTICA
Para o associate director da Accenture Technology, David Dias, a Inteligência Artificial deve ser utilizada a partir do Customer Center. “Entenda a jornada do cliente, analise quais necessidades você já atende e quais seus consumidores gostariam que você atendesse. A partir de então, criam-se casos de uso, a quatro mãos, com equipe técnica e de negócios. Uma solução de Inteligência Artificial tem 30% de tecnologia e 70% de conhecimento do negócio e criatividade”, explicou. Na opinião do especialista em Watson da IBM Brasil, Roberto Celestino, sistemas robotizados via telefone em operações de recuperação de crédito são um desafio. “Como trazer uma experiência computacional que seja melhor e compense todas as experiências que essas pessoas já tiveram no passado? Acredito que em 2 ou 3 anos, um sistema de inteligência artificial dentro das assessorias já será commodity.”
O gestor de Inteligência Artificial do Bradesco, Henrique Albuquerque, aposta no potencial brasileiro. “Somos um país gigante, podemos ser exemplo e gerar cases de sucesso em Inteligência Artificial. Vale a pena experimentar e sair na frente”, pontuou o executivo no painel “As tendências da Inteligência Artificial e sua aplicação ao business financeiro”, que foi moderado pela advogada e fundadora da HCO Law/Eadvisor, Anne Chang.
DEBATES E APRESENTAÇÕES
“Um negócio não cresce sem a experiência do cliente. Atendimento é crucial e estratégico; e a tecnologia é meio para criar relações humanas”, afirmou o Head of Experience & Ralationship da 99, Rodrigo Tavares. Ele debateu o tema customer experience com o Ceo Founder da Tracksale, Tomás Duarte, o Design Director da Visa, Gustavo Oliveira, e o UX Lead da Totvs, Diego Rezende. O fórum também abordou o tema de gestão de performance. O sócio Fundador da Coblue, Antonio Zubieta, apresentou o OKR (Objective and Key Results), metodologia de administração de projetos estruturada a partir do engajamento do time para o atingimento de metas mensuráveis e dinâmicas, geralmente definidas por trimestres.
A futurista e humanista Jaqueline Weigel fez uma apresentação sobre os novos formatos e modelos que desafiam as relações de emprego. Segundo ela, a transformação digital é o começo da grande revolução em que, cada vez mais, as competências transversais serão necessárias. “Especialista demais ou técnico demais vai começar a perder campo de trabalho. Se você for mais amplo, souber aprender coisas novas e fizer mais de uma coisa ao mesmo tempo, você terá muito mais espaço para explorar. Mas o segredo é a reinvenção”, alertou. Já no encerramento do evento, Martha Gabriel, formada em Educação Executiva pelo MIT e considerada uma das principais pensadoras digitais no Brasil, deu 15 dicas de Neurobusiness para alavancar os negócios.
HACKATHON
A equipe DeepMailing foi a grande vencedora da 1ª edição do Hackathon do IGeoc. O anúncio foi feito durante o Fórum, depois da apresentação dos quatro grupos finalistas. O público presente escolheu em tempo real a proposta de plataforma de BPMN (Business Process Model and Notation – Modelagem de processos de negócio) que integra CRM´s, discadores, brokers e gráficas, de forma que a empresa tenha gestão total da jornada do cliente-devedor por seus canais.

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