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Renovar para se manter nos negócios



Autor: Cláudio Kawasaki

 

A recente notícia da concordata da Kodak nos Estados Unidos faz com que reflitamos sobre as empresas e pessoas que não se renovam. É preciso ficar atento às tendências e agir rápido para acompanhá-las, quando não se inova. O ideal sempre é estar à frente e liderar tendências, mas se não for possível é preciso correr atrás do prejuízo.

 

A reestruturação dos negócios da Kodak, que perderam espaço com a chegada das câmeras digitais, demorou muito a acontecer. Os executivos da companhia, que apostaram nos filmes e revelações, não souberam identificar que as novas máquinas com cartões iriam conquistar o mercado. Quando as digitais engoliram as câmeras com filmes, os executivos acordaram, mas já era tarde demais. A empresa tem 130 anos, inventou as câmeras de mão, ajudou o mundo a registrar as primeiras imagens da Lua, tem mais de mil patentes e 19 mil funcionários. Agora luta para não fechar e conseguir ajustar as contas.

 

O exemplo positivo vem da Disney e da sua divisão de filmes. Quando os executivos da maior empresa de entretenimento do mundo começaram a constatar que os seus desenhos animados não encantavam mais as crianças, um acordo milionário foi proposto à Pixar, que tinha uma lista de longas-metragens de sucesso entre as crianças. A Disney, que não havia se renovado, trouxe para perto o genial Steve Jobs, que se tornou o maior acionista da companhia. Os desenhos voltaram a encantar e garantir o fôlego necessário para que a empresa pudesse seguir em frente também com os demais negócios, que envolvem linhas de produtos, parques temáticos, resorts e muitos outros.

 

O olhar atento das empresas está alicerçado em seus executivos, por isso é vital que sempre busque uma intensa reciclagem. As pessoas precisam se renovar constantemente para poder trazer ares novos para dentro de suas companhias. Com essa visão é que o Igeoc tem investido muito em cursos, seminários, graduação e MBA. Investir em tecnologia é muito importante nos dias de hoje, mas o material humano é insubstituível.

 

A Kodak e a Disney são exemplos de que sempre precisamos ficar atentos e vivos para não sermos engolidos. O velho provérbio “as pedras que rolam não criam limo” é mais atual do que nunca. Estimular a reciclagem dos funcionários e, consequentemente, de toda a companhia é o que se espera de qualquer líder, seja ele empresário ou executivo.

 

Cláudio Kawasaki é vice-presidente do Igeoc e sócio-diretor da Siscom.

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