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Sem empréstimo

O Índice de Intenção de Financiamento atingiu 14,4 pontos em
maio, leve elevação de 0,8% em relação ao mês anterior. Apesar do aumento, o
resultado é o segundo menor da série histórica iniciada em junho de 2012. Na
comparação com maio de 2015, quando o indicador registrou 20 pontos, o recuo
foi de 28,2%, o que sinaliza que, assim como foram baixas as vendas no Dia das
Mães, os gastos no Dia dos Namorados também serão menores. Apenas 6,9% dos
entrevistados afirmaram ter intenção de contrair empréstimos nos próximos três
meses, ante 6,6% em abril e 9,5% em maio de 2015.

Os dados são da Pesquisa de Risco e Intenção de
Endividamento (PRIE), elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O Índice de Segurança
de Crédito, que mede a capacidade do consumidor de pagar dívidas, apresentou
queda (-4,9%) na comparação com abril e atingiu 80,1 pontos. Já no comparativo
anual houve recuo de 0,8%. Entre os endividados, o índice caiu 5,1% no mês,
enquanto, entre os não endividados, registrou diminuição de 4,1%.

De acordo com a FecomercioSP, existe uma retração da
intenção de financiamento das famílias, que receiam não poder honrar
compromissos no médio e longo prazos. Esse comportamento responsável é o que
tem mantido o risco de crédito estável, apesar de elevado, mesmo em um momento
de aumento do desemprego. Porém, a Federação alerta para o risco de
inadimplência caso o desemprego suba ainda mais neste ano. Toda estratégia de
controle de gastos e corte de despesas tem limites, e as famílias podem estar
chegando perto dele.

Aplicações

A poupança continua a ser a preferida dos brasileiros, mas
tem perdido espaço para renda fixa por conta da inflação e da Selic elevadas.
Em maio, 68% dos aplicadores tinham na poupança o principal destino dos seus
recursos. Em maio de 2015, a proporção era de 72,1%. Segundo a Entidade, a
poupança continua gradativamente a perder espaço tanto para a renda fixa quanto
para previdência privada, como era esperado diante de juros nominais de 14,25%
e do envelhecimento da população. A proporção de investidores cuja principal
aplicação é a renda fixa atingiu 19,5%, ante 16,6% no mesmo mês de 2015. No
caso da previdência privada, a parcela passou de 5,6% para 7% no mesmo período.
Já nas aplicações em ações, a proporção chegou a 3,2%, após meses de
estabilidade ao redor de 2%. 

Para a FecomercioSP, a tendência é de que os juros básicos
sejam reduzidos e é possível, assim, que os investidores que mantiverem a
poupança voltem a apostar na segurança da caderneta. Por outro lado, muitos
aplicadores tendem a ser bastante resistentes a mudar de aplicação no curto
prazo, o que deve evitar alterações bruscas no quadro atual.

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