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Arquiteturas inteligentes

É inegável o amadurecimento da disciplina de arquitetura de TI, possivelmente forçado pela complexidade das soluções tecnológicas construídas. Um dos efeitos observado é a decomposição funcional dos elementos constituintes da arquitetura, ou seja, a tentativa de achar componentes especializados para desempenhar cada uma das ações necessárias para o bom funcionamento da solução.
Fora alguns exageros, as decomposições são motivadas por necessidades de negócios reais. Uma delas é a necessidade de gestão independente de artefatos com ciclos de vida distintos. Tomemos o caso de processos e regras de negócios, que podem ter ritmos de mudanças bastante diferentes.  Por exemplo, em um processo de crédito, é possível perceber que o processo se mantém estável enquanto as políticas que o governam são alteradas, conforme o apetite do mercado por mais ou menos risco. Nesse casamento particular – processos e regras – testemunhamos uma crescente adoção de plataformas especializadas para gerir cada pedaço.
A inovação que está surgindo no momento é a repetição do raciocínio para fluxos de integração e regras. De maneira equivalente aos processos de negócios, as regras também ficariam externalizadas dos fluxos de integração, ajudando a governar e ajustar dinamicamente o comportamento de múltiplas interações sistêmicas.
Nessa arquitetura, o gestor de políticas, que faz a manutenção das regras, pode ser a própria área de TI. A manutenção torna-se mais orientada ao negócio, mais veloz e documentada.
Três cenários são promissores: 
1. Roteamento inteligente: as regras para encaminhamento de mensagens de integração entre sistemas são externalizadas. Aplica-se quando há múltiplos caminhos de encaminhamento de integração, que podem ser alternados conforme mudanças no negócio.
2. Validação de mensagens de integração: ao invés de “cravar” as validações do conteúdo das integrações em código, escrevê-las em regras de negócios torna a mudança ágil, além da documentação explícita. 
3. Transformação baseada em regras: um dos requerimentos frequentes de integração é a transformação de conteúdos entre sistemas distintos, envolvendo, por exemplo, recodificação.
Há muitas alternativas de implantação técnica desses conceitos, com esforço e custo bastante variados.
Mãos à obra!
Leonardo Vieiralves Azevedo é diretor da Habber Tec Brasil.

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