O canal para quem respira cliente.

Pesquisar
Close this search box.

As mudanças devem começar pela raiz



O Brasil vive hoje uma grande contradição, entre alguns modelos muito evoluídos, como o projeto de cidade inteligente que Pernambuco vem implementando, aproveitando o evento da Copa do Mundo, que vai se transformar em herança ao Estado um estádio modelo internacional. De outro, o grande problema de falta de infraestrutura. O maior exemplo, aqui, é o de telefonia, para fugir do tradicional – aeroportos, hotelaria, rodovias. A Anatel, o órgão regulamentador da telefonia no País, exigiu a cobertura nacional. Foi no que as operadoras investiram, agora falta banda para atender a demanda. Ter sinal no aparelho sim, temos, mas, em se tendo o sinal, conseguir concluir a ligação virou a grande polêmica.


Imagine então falar de smart city, onde todo o processo é automatizado – e funciona? Imagine, estar cercado de tecnologia inteligente, em casa, na loja, no emprego, com gestão completa sobre sistema de telefonia, energia, e tudo absolutamente interligado, com emissão em tempo real de informação. O que nem George Orwell previu em seu best seller 1984 é uma realidade em algumas partes do mundo, transformando sonho em uma realidade que já ajuda países como o Japão a se precaver de seus intermináveis incidentes naturais. Um pouco do que a NEC, demonstrou a um seleto grupo no Café com Presidentes realizado no final de setembro, em seu novo show room, baseado na Avenida Paulista.


O grande desafio, como parâmetro para a realidade brasileira, é a construção de um grande centro de comunicações, com várias camadas operacionais, e todas absolutamente sob controle. Os pequenos avanços do Brasil, porém, são significativos, independente da discussão sobre o time. É o caso de Pernambuco que já está sendo situado como a primeira cidade inteligente da América Latina, apoiado em muita tecnologia, a exemplo de um sistema de identificação fácil, e está sendo projetada para acomodar de forma harmônica 80 mil pessoas.


Outro exemplo que o Brasil começa a seguir é o modelo de recuperação dos resíduos das cidades, ou simplesmente, do lixo. Existem modelos já testados e aprovados em grandes cidades do mundo como em Barcelona, na Espanha e no Japão. Essa transformação, que também passa por uma mudança cultural do cidadão, para cidadania, está sendo provocada pela Loga, com algumas experiências em regiões da cidade de São Paulo, indo bem além da separação dos resíduos. Os números impressionam, pois chegam a 160 toneladas de resíduos diários recolhidos na capital paulista e, de acordo com projeções da empresa, nada menos que 35 anos atrasados em relação às principais cidades do mundo. A perspectiva, embora com um atraso de dois anos, em uma corrida contra a burocracia, o sistema que vai ordenar a limpeza na cidade vai dar ganho de produtividade e economia e deve estar em operação até a abertura da Copa das Confederações, ano que vem, se não houver mais entraves políticos. Sem vontade política, pode-se levar até 100 anos para ser implantado. A esperança é que fora o interesse político existam pessoas interessadas em contribuir com a cidade, como cidadãos. O caminho deve ser o da profissionalização de todo o processo, associando automatização e contribuição de processos como o das cooperativas.


Em um país com sede de ingressar no mercado internacional, de maneira consistente, e que chegou aos 180 milhões de CPF´s, outro grande desafio é quebrar algumas barreiras como a de ter o pior índice de inglês profissional entre os componentes do Bric. Um dos esforços, para chegar aos eventos internacionais com suporte para atender os turistas em inglês, está sendo desenvolvido pelo Ministério da Educação e fundação Roberto Marinho, focado em capacitar os brasileiros. A disseminação do conhecimento passa por um trabalho com a Englishtown. Mas os desencontros sempre acontecem, como o exemplo de um Presidente que, numa viagem de táxi, acabou ouvindo que o motorista está se preparando para sair do Rio de Janeiro de férias. “O Rio vai estar um inferno”, resumiu o taxista. Os desafios, realmente, serão grandes, passando pelo cultural.



EM PAUTA


Herberto Macoto Yamamuro, da NEC (Anfitrião)
Airton Carlini, da Pritchett
André Marques, da EF Englishtown
Cesar Boulos, da GS&MD – Gouvêa de Souza
Dorival Dourado, da BoaVista
Jefferson Frauches Viana, da Wayback
Joâo Annibale, da LHW Offices
Luiz Gonzaga, da Loga
Marcelo Schulmann, da Vitaderm
Mohamad Akl, da Central Nacional Unimed
Romano Pansera, da Popai Brasil
Miguel Ignatios, da Fenadvb
Vilnor Grube, da ClienteSA

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima