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Como chegar ao dream time?

Ultimamente, vários clientes têm discutido conosco maneiras de delinear o departamento de Inteligência de Mercado nas organizações, sob o ponto de vista da estrutura, perfis profissionais e atribuições. Evidentemente, essa motivação vem do reconhecimento que as atividades da área têm ganhado cada vez mais relevância nas decisões estratégicas e táticas das empresas, em especial os estudos sobre clientes e práticas dos competidores.


 


No nosso entendimento, não há modelo de organização mais adequado para a Inteligência de Mercado que o de participante de um Centro de Serviços Compartilhados (CSC). Vejamos algumas razões: muitas áreas são clientes das informações de Inteligência de Mercado (marketing, vendas, pesquisa e desenvolvimento, alta gestão); há grandes sinergias que podem ser exploradas pela área quando falamos de corporações presentes em vários negócios – as que mais têm explorado as estruturas de CSC; acordos de nível de serviço, mecanismos elegantes para regular o funcionamento da área no atendimento das demandas de seus clientes, podem ser estabelecidos sem problemas; finalmente, a área pode usufruir recursos disponibilizados por outros membros do CSC, especialmente tecnologia de informação. Curiosamente, em contraponto a esta minha tese, é mais comum encontrar a Inteligência de Mercado subordinada ao marketing ou diretamente à alta gestão.


 


Idealmente, a área deve ser formada por uma equipe multifuncional, com complementariedades de formação e experiência que levarão a uma percepção mais ampla das nuances do mercado – o que pode levar a decisões mais inovadoras para a empresa. Para não criar superposições, um comitê formado pelos principais clientes e fornecedores de IM, além dos gestores da área, forma a principal instância de governança, priorizando projetos e iniciativas.


 


Agora, para escalar o tal time multifuncional podemos ficar aqui discutindo tal e qual para armar o escrete canarinho nessa próxima Copa. E, como na seleção, a melhor decisão sempre é a sua própria. Assim, vou me arriscar e elencar o time dos sonhos da minha Inteligência de Mercado.


 


Vou formar um time enxuto, já que orçamentos andam curtos por aí. Apenas três jogadores. Craques, é claro, mas apenas três. Começo por um sociólogo. Bom entendendor dos comportamentos da massa, ajudará a perceber tendências, muitas vezes apenas através de análises qualitativas. Logo na seqüência trago um economista. Também privilegia a visão macro, ao mesmo tempo em que e a aplica adequadamente ao contexto da empresa. Para terminar, puxo sardinhas para a minha lata e coloco um engenheiro, cabeça racionalíssima, habilidade numérica, alguém para manter o pé na Terra e contestar as projeções que originalmente pareciam ótimas. Nem preciso dizer que todos os meus jogadores são feríssimas em estatística e computação, ferramentas quase básicas nesse mundo de excesso de dados e falta de análises.


 


É claro que você pode discordar da minha escalação. Seu negócio pode demandar equipes diferentes, que privilegiem outros tipos de habilidades. Mas, em hipótese alguma, se deixe levar pela tentadora ameaça de colocar um monte de gente igualzinha a você numa área de Inteligência de Mercado. Por melhor que sejam, mais que em qualquer outra situação, a unanimidade será burra e as oportunidades e ameaças latentes passarão embaixo das pernas de todos. Bom, não resta nada agora além de esperar a enxurradas de mensagens discordantes… Mãos a obra!


 


Leonardo Vieiralves Azevedo é presidente da WG Systems. E-mail: [email protected]

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