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E-business. Mercado começa mudar de fase

Estamos entrando em uma era na qual o imediatismo e a necessidade de crescimentos trimestrais constantes vão, aos poucos, dando espaço para uma visão empresarial mais holística, onde as estratégias de médio-longo prazo demandam uma fundamentação tecnológica sólida e em sintonia com a cultura da empresa. Esta é a principal conclusão da pesquisa que faz parte da série Enterprise Reports, fruto da parceria entre a Meka e DMS Br. Ela reflete um universo de 5 mil médias e grandes empresas com um histórico de três anos – ela foi realizada em 2001, 2002 e 2003 – e publicada com exclusividade pela revista ClienteSA.
A avaliação é de Vanessa Cabral, diretora de Pesquisa da empresa. Ela explica se tratar da reação ao contato com o mercado empresarial brasileiro. “São algumas mudanças em processo de formação”, pondera. Ela chega a identificar contradições na constatação, mas explica em quatro fases. 1) o mercado brasileiro evoluiu; 2) os consumidores estão cada vez mais exigentes e acostumados às facilidades que as soluções tecnológicas proporcionam; 3) continuamos convivendo com o fato de que o Brasil é um País marcado por grandes disparidades sócio-econômicas e culturais; 4) qual a configuração tecnológica de cada negócio para que se consiga sobreviver neste cenário?
De acordo com Vanessa, a pesquisa permitiu identificar que a virtualização dos negócios no Brasil vem passando por um processo de amadurecimento, com mitos e fracassos ganhando espaço na memória do mercado. E as grandes lições apreendidas nos últimos três anos passando a fazer parte dos manuais para evitar erros antes, durante e depois dos processos de implantação. “Como todo ciclo tecnológico, essa fase de aprendizagem é inevitável, e vem se tornando cada vez mais delicada e breve, onde as margens para errar diminuem a cada inovação”, justifica.
A pesquisa revelou que ao decidirem oferecer algum serviço, um canal de contato com seus clientes ou fornecedores através da web, as empresas precisam ter a consciência global do que isso representa, e o quais serão as demandas secundárias da introdução destas tecnologias no dia-a-dia da empresa. Na maioria dos casos, o treinamento interno e aculturamento das pessoas que irão interagir com as novas ferramentas de maneira direta ou indireta é negligenciado, o que acaba fazendo com que o projeto esteja fadado ao fracasso. “Em outras ocasiões, a necessidade de otimização da cadeia de valor da empresa vai exigir o investimento em tecnologia também por parte dos seus fornecedores, e essa demanda, se não for bem trabalhada, poderá inviabilizar também o sucesso da empreitada”, pondera Vanessa.
A pesquisa permite observar que a inovação tecnológica e, particularmente, a implantação de soluções de e-Business implicam toda uma cadeia de mudanças que muitas vezes extrapolam as fronteiras da empresa que deseja a reestruturação. “Nas pesquisas realizadas pela DMSbr nos últimos anos junto ao público empresarial brasileiro, nota-se uma certa evolução na adoção de soluções e-Business e ao mesmo tempo, observa-se uma concentração das empresas usuárias em segmentos de mercado específicos”, explica James Finger, diretor da DMSbr.
Em relação às soluções de e-Business relacionadas ao processo de Compras (e-Procurement), o percentual das empresas entrevistadas que possuíam esta solução cresceu de 3,6% para 4,7% de 2002 para 2003, dentro do universo de 5 mil empresas entrevistadas anualmente. Destes usuários, destacam-se empresas do segmento industrial, que neste período representaram cerca de 50% do total. Esta concentração junto a médias e grandes indústrias é justificada pela necessidade de otimização da cadeia de valor. “Os leilões virtuais conseguem tornar o processo de compra mais eficiente e, ao mesmo tempo, acabar ou dificultar ao máximo os processos ilícitos que oneravam os custos das empresas: agora é possível registrar e rastrear tudo. As perspectivas de aquisição destas soluções nos próximos 12 meses foram levantadas por 13% dos entrevistados em 2003. Mais uma vez, as indústrias apareceram como os principais representantes desta intenção de compra (veja Tabela 1)”, reforça Vanessa.
O outro lado desta solução, que seria a solução de e-Business para vendas também revela estatísticas semelhantes em relação à penetração atual: em 2002 eram 5,1% de empresas usuárias, crescendo para 6,1% em 2003. Empresas do segmento industrial continuam representando cerca de 50% do total de usuários, mas os segmentos de Atacado e Varejo vêm aumentando significativamente a sua participação. Das empresas entrevistadas, 14% pretendem adquirir soluções de Vendas via web nos próximos meses, mas o perfil dos principais segmentos dispostos a implantar a solução se altera em alguns casos.
Os hospitais vão dar lugar às agências de automóveis e aparecem as confecções e desaparecem as universidades, confirmando o alinhamento das soluções com o perfil de atuação de cada nicho. As soluções de e-Business de supply chain management (SCM) também foram citadas nas entrevistas, mas ainda estão em fase inicial de adoção pelas empresas brasileiras, chegando a 1% do total entrevistado em 2003.
Outro fato que a diretora da pesquisa considera relevante é o destaque para as áreas identificadas como “Outras”, em serviços. Elas mereceram destaque pelo salto dado de 2002 para 2003. Entre os subsegmentos que apareceram como usuários destacam-se as agências de notícias, arte comercial e desenho gráfico, fotografia comercial, serviços comerciais, serviços de carro forte, guarda e detetive, serviços educacionais e escolas e oftware acabado.
A conclusão de Vanessa é que “diante deste panorama, cabe reforçar que em todos os tipos de solução expostos aqui, existe uma forte pressão competitiva que faz com que determinados nichos de mercado vejam essas ferramentas como pré-condição básica para a sobrevivência no mercado”. Para ela, os provedores de solução devem, portanto, estar atentos e estes movimentos, conhecer as particularidades de cada negócio a fundo, de maneira a poder oferecer a solução certa na hora que se faz necessário.

DMSbr e Meka firmam parceria

As duas empresas, a DMS br e a Meka, firmaram uma parceria para gerar uma nova família de relatórios de TI e Telecom, chamada Enterprise Reports. A primeira tem mais de 9 anos de experiência, as pesquisas DMS Info e DMS Telecom, e a segunda agrega expertise em análise e prospecção de dados do mercado, vinda do desenvolvimento de projetos em grandes empresas de pesquisa. O resultado da aliança é o desenvolvimento de relatórios com dados e análise das informações, explicam os diretores James Finger, da DMSbr, e Vanessa Cabral, da Meka.
“Isso significa ter acesso simultaneamente às bases de dados para identificar prospects em potencial e à família de relatórios Enterprise Reports (http://www.dms.com.br/enterprise_reports.asp) com a análise das informações para você decidir a estratégia a ser adotada de acordo com o seu interesse, permitindo realizar cruzamentos, através de tabelas dinâmicas, simulando situações e segmentações que mais interessem à sua empresa, avalizando seus planos de orçamento e crescimento em vendas perante a direção da empresa no Brasil ou exterior”, explica James.
Os primeiros relatórios disponíveis são sobre o Perfil de Consumo de Soluções de Comunicação de Dados, que refletem a demanda por soluções de mobilidade, comunicação de dados e Internet e uma análise sobre CRM no mercado brasileiro, apresentando o perfil do mercado corporativo no Brasil e das empresas que já utilizam CRM nos 3 últimos anos.

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