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Mais do que mil palavras, de repente uma imagem


Faz pouco mais de 15 anos que nos acostumamos a usar computadores através de um modelo visual: o Windows. Em sua versão 95, em particular, o Windows trouxe pela primeira vez para o usuário comum um conjunto de bibliotecas gráficas que permitiam a apresentação de gráficos e imagens em 3 dimensões. Apesar do pouco tempo passado, é inegável que o impacto das interfaces gráficas tenha sido enorme em nossas vidas. É exatamente esse efeito que se espera das recentes evoluções gráficas acontecidas na arena de Business Intelligence chamadas de Visual Analytics (VA), o que guarda profunda relação com a nossa capacidade de gerar insights de negócios nas áreas de Inteligência de Mercado.

Soluções de VA são constituídas por conjuntos de gráficos, parte deles bastante conhecidos, como os de linha, pizza, barras ou histogramas. Uma segunda leva de gráficos mostra cenários específicos do negócio, que seria muito difíceis ou impossíveis de imprimir. Pense, por exemplo, em mostrar 500 mil transações de cartão de crédito acontecendo no intervalo de 24 horas. Como mostrar tudo isso de uma só vez, permitindo que o usuário perceba padrões e exceções e entenda, de forma rápida e precisa, o comportamento de seus dados? É por isso que há formas muito especializadas de tratamento e apresentação de dados, mesmo em alto volume, tais como mapas termais e paraboxes. Essas formas foram desenvolvidas em centros de pesquisa científica, para fins como análise de moléculas em desenvolvimento de medicamentos, e hoje conseguem ser aplicadas em análises mais corriqueiras do mundo dos negócios como vendas, marketing ou fraude.

Do ponto de vista da capacidade de análise, essa nova arma auxilia sobremaneira nas tarefas nas quais ainda temos grande dependência da presença humana para uma decisão mais assertiva. No universo da inteligência competitiva, quase sempre esse é o cenário mais apropriado. Além da apresentação de alto poder de fogo, VA traz duas possibilidades encantadoras: interatividade e capacidade de relacionamento de informações. Vou tentar descrevê-las com um modelo conhecido: o Excel. Imagine estar você com uma planilha contendo as transações de vendas dos produtos concorrentes. Você gostaria de agregar informações para montar uma tabela dinâmica no Excel contendo as suas vendas e de seus concorrentes por região do país e segmento de cliente. A tabela dinâmica fica pronta e você percebe que na região Sul o seu produto nada de braçada. Por outro lado, você perde no Sudeste. A próxima ação no Excel seria, possivelmente, montar uma nova tabela dinâmica por cidade e tentar entender o que está acontecendo. Com VA, você interagiria diretamente com os dados, fazendo uma seleção da região Sul e Sudeste e vendo a distribuição dos demais atributos em função dessa seleção. Note: é visual. Sem recalcular, nem mudar parâmetros.

O segundo aspecto matador para a Inteligência de Mercado é a capacidade de relacionamento de informações. Imagine que você receba, na seqüência, uma auditoria de mídia mostrando a distribuição da publicidade regionalmente. Você quer comparar esse fator com as vendas. Com VA, você simplesmente monta um novo conjunto de gráficos de mídia (GRPs ou TRPs por cidade, por exemplo) e os correlaciona com as vendas! Para concluir: se você tem problemas de entrega e entendimento da sua informação de Inteligência de Mercado pelas áreas de negócio, pesquise essas novas possibilidades. Elas podem ser o Windows que faltava em sua carreira profissional. Mãos à obra!

Leonardo Vieiralves Azevedo é sócio-diretor da WG Systems.

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