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Síndrome do Fantástico!



Depois de certo tempo de atividade, muitos profissionais não são motivados mais por salários ou remunerações, mas sim por desafios que lhe tragam satisfação profissional. Considero que a pior coisa que pode acontecer no domingo a noite é a famosa “hora do Fantástico”. Quantas pessoas, no domingo à noite, param e pensam: “Amanhã é segunda feira, vou ter que voltar para a luta” e na TV ouve-se o som “É Fantástico!”.

Porque será que a maioria das pessoas utiliza palavras como luta, briga, sacrifício, correria, inferno quando se refere ao trabalho? Se fizermos as contas passamos quase 50% das nossas vidas trabalhando. Precisamos transformar este tempo em algo proveitoso e que nos traga prazer e satisfação. Como sempre diz um amigo: “O segredo do sucesso é trabalhar para vencer e trabalhar por prazer”.

Somente a satisfação profissional faz com que você acorde na segunda-feira do mesmo modo que se prepara para uma festa. Certa vez, li um entrevista da turma do Casseta & Planeta, que dizia em uma das respostas: “Agradeço a Deus, por fazer parte de uma minoria de pessoas que trabalham naquilo que gostam e tem prazer”.

Se você então pertence à grande maioria, só tem uma coisa a fazer: encontrar a verdadeira razão que o faz trabalhar e associá-la ao seu trabalho. Não quero parecer anormal, sei que trabalhar é estafante, mas sei também que todo ser humano trabalha pela motivação.  Muitas vezes esquecemos que a razão principal que nos leva a acordar às seis horas da “madrugada”: independência e realização dos sonhos para alguns; ou sobrevivência e vitória sobre as dificuldades para muitos outros. Quantos são os casos de pessoas que, apesar de encontrarem inúmeras dificuldades na vida, não desistem nunca. E, por pior que seja seu trabalho ou função, são extremamente felizes.

Conheci uma pessoa, que tinha dois velhos ternos surrados para trabalhar, sapato que mais conhecia a meia sola e o saltinho por não poder ser aposentado, que não podia gastar dinheiro com sua esposa em roupas, jantares e, nem mesmo, com a simples e corriqueira pizza. Esta pessoa começou a trabalhar ainda criança. Aos sete anos acordava às cinco horas da madrugada para tirar leite de vaca em uma fazenda no interior de Minas Gerais. Na sua adolescência trabalhou de boiadeiro a frentista de posto de gasolina, até que conseguiu uma vaga de contínuo (o nome dado aos office boys antigamente) em uma grande empresa de seguros e lá ficou até se aposentar, como superintendente de produção. Uma vida inteira de muito trabalho.

Mesmo assim, nunca reclamou da vida e se mostrava feliz e orgulhoso por toda sua trajetória. Um certo dia quase teve um enfarte de coração (não de tristeza, mas sim de alegria), por que depois de todo sacrifício tinha conseguido formar seu filho Engenheiro Agrônomo (mesmo ele próprio só tendo chegado ao 3º ano primário).

Dar um futuro ao seu filho sempre foi para ele a verdadeira razão e motivação de sua vida, trabalhar era o como poder tornar este sonho possível. Nunca vi, desde que eu o conheci, um momento sequer em que ele reclamasse de acordar cedo, sair para trabalhar, da vida difícil que levava ou das inúmeras viagens abordo de um fusca pelo Brasil.

Sempre humilde, com um largo sorriso no rosto e sempre com uma palavra de carinho e incentivo a quem se aproximava. Motivado, sempre pela alegria de poder realizar um sonho quase impossível. Além de estar fazendo aquilo que gostava, dar aos seus filhos uma condição de um futuro melhor. Hoje, ele já não esta mais conosco, esta lá no andar de cima, deixando seu legado para todos que o conheceram. Descanse em paz querido pai e obrigado por tudo que você me ensinou.

Você quer fazer o que gosta? Então descubra o que gosta em tudo que faz!

Marcos Fabio Mazza, da Syngenta Proteção de Cultivos.

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