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Visão sistêmica para inteligência de negócios



Admito que o título possa confundir, mas não pretendo falar somente sobre sistemas de informação. Faço aqui referência à Wikipedia: “visão sistêmica consiste na habilidade em compreender os sistemas de acordo com a abordagem da Teoria Geral dos Sistemas, ou seja, ter o conhecimento do todo, de modo a permitir a análise ou a interferência no mesmo”. O objetivo aqui é identificar fatores de sucesso na adoção do BI e, para isso, nada melhor do que compartilhar experiências. Durante sua implantação, cinco pilares são claros: organização, pessoas, processos, dados e tecnologias. Vamos avaliá-los em conjunto?

Organização abrange, primeiramente, patrocínio. Verifique se há no seu projeto de BI: sustentação por patrocinadores fortes, orçamento dedicado e apoio político na resolução de conflitos. Governança é outro ponto fundamental e vai endereçar a necessidade de clareza em papéis, responsabilidades e prioridades no projeto, já que a estrutura organizacional em si influencia bastante os resultados. Analise estas questões: Existe um centro de competência de BI? É multidisciplinar? O projeto é tocado somente pela área de TI?

As pessoas são determinantes. Deve-se avaliar, permanentemente, o conjunto de competências instaladas na organização para desenvolver, manter e usar o BI. São inúmeros os exemplos de projetos magníficos de BI sem usuários finais. Também há outros tantos que pereceram pela falta de desenvolvedores com visão de negócios ou porque uma pessoa-chave deixou a empresa. Assim, torna-se essencial desenvolver competências por meio de treinamentos, tutoria, consultoria externa, seminários e por aí vai. Nunca é demais reafirmar que a evolução técnica do BI é veloz, propiciando ganhos em produtividade e reduções de custo. Também é preciso ficar atento à existência de barreiras para a adoção, em todos os sentidos. Por exemplo, se a organização tem como modelo de tomada de decisão apenas a experiência anterior, uma solução de BI será inócua. Somente a mudança para um modelo factual, baseado em dados, poderá trazer benefícios reais à empresa.

Vários processos circundam a iniciativa de BI e, como todos os demais da organização, podem ser formais ou não. É comum não ter métricas nesses processos, o que os torna pouco passíveis de serem gerenciados. Para citar alguns, temos processos de movimentação e tratamento de dados (extração, transformação e carga), suporte (atendimento aos usuários, manutenção da infraestrutura), gestão de configuração, tratamento de novas demandas, etc.

Os dados são o sangue do BI. A principal questão relacionada a eles é a qualidade, que deve ser olhada sistemicamente. Para elencar quatro aspectos, o BI deixa de ser confiável se os dados não forem precisos, temporais, consistentes e íntegros. Nesse caso, não é adotado pelas pessoas e, claro, fracassa. A prova de ouro dos dados é concluir que um indicador tem sempre o mesmo valor em uma empresa, independente de quem o conseguiu. Não é fácil, até porque muitas companhias deixam para pensar sobre a qualidade de dados apenas depois que o projeto já foi por terra.

A tecnologia é, tipicamente, o aspecto mais discutido quando se fala em BI. Deixei por último de propósito. Sim, tecnologia é necessária, mas não suficiente, como dizem os teoremas matemáticos. Não esqueçamos a infraestrutura, especialmente o banco de dados, tampouco os sofisticados programas pilotados pelos usuários finais.

Espero que esse artigo seja o ponto de partida para você montar uma lista de verificação para sua própria iniciativa de BI. Mãos à obra!

Leionardo Vieiralves Azevedo é presidente da WG Systems. E-mail: [email protected]

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