Yuri Milner é um físico, empresário e investidor russo da área de tecnologia. Além disso, é também um pesquisador de vida inteligente fora da terra. E seu atual empreendimento, Breakthrough Initiatives, é exatamente nessa direção, a busca de uma resposta para uma das principais questões da humanidade – “será que estamos sozinhos?”.
A primeira fase foi lançada em julho de ano passado e chamou-se Breakthrough Listen. Milner investiu 100 milhões de dólares para, literalmente, escutar, através de múltiplas frequências, sinais que podem estar chegando a nós vindo do universo lá fora.
Na terça, 12/4, ele anunciou a segunda fase de seu projeto, Breakthrough Starshot, na qual investirá outros 100 milhões de dólares. E contará com a parceria de Stephen Hawking e Mark Zuckerberg
Concretamente, eles enviarão uma frota de centenas minúsculas naves equipadas com sensores, um laser para transmitir informação para a Terra, robôs e uma câmera, direto para Alfa Centauro, a estrela mais próxima do nosso sistema solar (meros 4,3 anos-luz) e que tem um bom potencial para abrigar vida inteligente. Ou vida, pelo menos.
O projeto está na fase de pesquisas e desenvolvimento, o que quer dizer que ainda levará anos para as sondas partirem. E a viagem levará 20 anos. Ou seja, ainda teremos muito tempo para falar do projeto.
No momento, é importante entender quais os avanços da tecnologia recente tornaram o projeto possível. E basicamente são três as peças fundamentais.
O primeiro foi o desenvolvimento de pastilhas extremamente finas a ponto de permitir que se construam sondas espaciais inteiramente funcionais e completas com os lasers, os sistemas de comunicação, as câmeras, menores do que a palma de uma mão.
A segunda peça é uma vela movida a luz com apenas algumas centenas de átomos de espessura (isso é muito fino, acreditem!), que só se tornou possível com as novas descobertas em metamateriais.
A peça final do quebra-cabeças é um raio de luz, ou seja, um laser muito poderoso, forte o suficiente para empurrar essas nanonaves no espaço. É o componente mais caro e tornou-se possível graças à capacidade de sincronizar muitos lasers menores.
Vamos ver se começamos a “corajosamente irmos aonde nenhum homem chegou antes”.
Fonte: TechCrunch