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Conselho para um marido possivelmente traído pelo diretor da CIA

Paula e Scott Broadwell, em foto do Observer.com

Vocês leram sobre o escândalo da renúncia do diretor da CIA que tinha um caso com a mulher, casada, dois filhos, que estava escrevendo sua biografia? O artigo abaixo, escrito por Jessica Testa e publicado no site BuzzFeed, fala sobre um email enviado para a coluna Ethicist, do New York Times, e cujos detalhes assemelham-se estranhamente ao caso Petraeus-Broadwell. O “projeto” de que fala o email seria a intervenção americana no Afeganistão. Leiam a tradução que fiz e tirem suas conclusões. 

Na sexta-feira, David Petraeus, o mais importante espião americano, renunciou ao cargo de diretor da CIA, depois que o FBI descobriu que ele estava tendo com, Paula Broadwell. Na mesma noite, o managing editor da Foreign Policy Editor Gerente Blake Hounshell tuitou — e foi retuitado e compartilhado por dezenas de outras pessoas — a coluna “Eticista”, do New York Times, que foi publicada em 13 de julho, na qual um leitor escreveu o seguinte:

Minha esposa está tendo um caso com um executivo do governo. Sua função atual é gerenciar um projeto cujo sucesso é visto mundialmente como uma demonstração de liderança americana (isso pode parecer hiperbólico, mas não é um exagero). Eu me encontrei com ele em várias ocasiões, e ele foi simpático (duvido que esteja ciente que sei do caso). Eu presenciei o caso intensificar-se ao longo do ano passado, e eu também me beneficiei de sua generosidade. Ele está empenhado no trabalho pelo qual nutro verdadeira paixão e considero-o absolutamente a pessoa certa para o trabalho. Eu tenho certeza de que a exposição do caso podera afetar forte e negativamente o sucesso de um esforço importante. Meu problema: devo demonstrar meu conhecimento sobre este assunto e, finalmente, exigir que terminem? Devo sofrer em silêncio pelos próximos um ou dois anos por causa de um projeto que eu acredito que merece ser bem sucedido? Devo ser “fiel ao meu coração” e me afastar de toda essa situação miserável, deixando todo esse episódio para trás? Anônimo

Eis a resposta, com bom grau de ceticismo, de Chuck Klosterman, o “Eticista”:

Não exponha o caso de nenhuma forma exagerada. Seria diferente se o projeto desse homem estivesse hipocritamente promovendo valores familiares, mas não parece ser o caso. O único motivo para expor o relacionamento seria humilhá-lo e à sua esposa, e isso nunca é uma boa razão para se fazer qualquer coisa. O negócio é entre você e sua cônjuge. Você deve dizer a ela que quer se separar, da mesma forma que diria se ela estivesse dormindo com o carteiro. A ideia de “sofrer em silêncio” para o bem do projeto é ilógica. Como um divórcio tranquilo da amante deste homem iria ferir uma iniciativa de liderança internacional? Ele provavelmente se sentiria aliviado.

    O fato de que você está disposto a aceitar a infidelidade de sua esposa para um bem maior político é extremamente honroso. Na verdade, é tão honroso que eu não sei se acredito que seus motivos sejam reais. Parte de mim se pergunta por que você está mesmo colocando essa questão, especialmente em uma coluna nol The New York Times.

    Seu dilema é intrigante, mas eu não vejo como é ambígua. Sua esposa está tendo um caso com uma pessoa que você respeita. Por que esse último detalhe muda a maneira de responder à sua traição? Você admira este homem tanto que você não perguntou à sua esposa por que ela mantém relações sexuais com ele? Eu suspeito que você escreveu esta carta, porque quer que determinadas pessoas leiam esta coluna e deduzam quem está envolvido e o que realmente está acontecendo por trás de portas fechadas (sem de fato resolver o conflito pessoalmente). Isso tampóuco é ético.

Apenas Klosterman sabe se este leitor era realmente Scott Broadwell. Embora caso Broadwell tenha usado um nome falso ou endereço de e-mail falso, ele esteja tão no escuro quanto o resto de nós.

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