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Dia do consumidor: já ganhou seu nariz de palhaço hoje?

A bem da verdade, a ficha de que hoje era o Dia do Consumidor só caiu quando recebi um email do Programa Mais, do Pão de Açúcar, dizendo que qualquer compra hoje valeria 100 pontos a mais em comemoração à data. No início, achei a iniciativa simpática. E até me perguntei o que estaria faltando em casa que poderia comprar numa das lojas da rede. Mas aí comecei a fazer contas. Três mil pontos do Programa Mais dão direito a um vale-compras de R$ 20,00. Portanto, eles me “agraciaram” hoje com o direito de descontar sessenta e seis centavos no valor de uma compra futura. A fidelidade é só minha, tudo indica.

Vai que no final eu estava precisando comprar mesmo algumas coisas no supermercado. Claro que não fui no Pão de Açúcar. Passei em um mercadinho pequeno mas simpático na Umberto I, Vila Mariana. Na hora de pagar, a caixa, uma morena muito simpática, me deu gratuitamente uma sacola plástica. Para comemorar o Dia do Consumidor, disse. Mas foi sincera e disse também que eu fizera jus ao agrado por haver feito uma compra de valor alto. Ou seja, gratuito ma non troppo.

Tem o caso do Fidelidade Tam, conforme contado pelo Boris Feldman, no Estado de Minas. Ocorre que no programa da Tam, um vôo internacional custava 60 mil milhas. Mas eis que mudam as regras e criam duas categorias: passagens restritas e passagens irrestritas. A primeira categoria é sujeita a disponibilidade de assentos, a segunda não. Até aí tudo bem, quando estava no Smiles criamos algo parecido, o Smiles Any Day. O problema, segundo o Bóris, é que a disponibilidade, na prática, não existe. Quando a Tam abre as vendas para um vôo (seis meses antes) só são oferecidos “passagens irrestritas”. Quando vai se aproximando a data do vôo, vai ficando claro para o pessoal do planejamento econômico se vai ou não sobrar assentos. E aí as “passagens restritas” aparecem. Mas uma viagem internacional não é algo que se decida na véspera, certo?

E tem as operadoras de celulares. E tem o iPad fabricado no Brasil que será vendido pelo mesmo valor do importado ainda que a fábrica tenha ganho subsídios. E tem… Pois é, talvez o Consumidor brasileiro só possa mesmo comemorar seu dia quando todos os dias forem dele. 

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