Reunidos na manhã desta quarta-feira, 14, na Futurecom – maior feira de telecomunicações da América Latina -, executivos do setor colocaram em evidência a importância da banda larga para o desenvolvimento econômico do País e a necessidade de aumentar os investimentos para ampliar a cobertura e melhorar a qualidade dos serviços oferecidos.
Segundo Antonio Carlos Valente, presidente da Telefônica, a empresa oferecerá até o primeiro trimestre do ano que vem a cobertura necessária para atender todos os 622 municípios do Estado de São Paulo que tem concessão. Até o final de 2009 eles já serão 591. “Pesquisa do Banco Mundial sobre mercados emergentes aponta que a cada 10% de crescimento da banda larga, o produto interno bruto cresce na proporção de até 1,4%. Estamos ainda testando o Wi-Max e modelos de internet pré-paga para ampliar o leque de oportunidades e melhorar a vida das pessoas”, comentou Valente, que contou ainda ter investido R$ 750 milhões em 2009.
De acordo com João Cox, presidente da Claro, a banda larga móvel tende a ganhar mais espaço e, de fato, contribuir significativamente para a democratização do uso da internet pelos brasileiros. “Nos últimos seis meses a internet móvel apresentou crescimento de 90% no Brasil, sendo que hoje são pouco mais de 4 milhões de usuários. Há mais de um ano não fazemos propaganda da nossa oferta de banda larga e nossas vendas continuam crescendo”, disse. “No entanto, é necessário investir mais na infra-estrutura para conseguirmos não apenas manter um nível aceitável de qualidade como ampliar a cobertura”, completou Cox.
Para tanto o executivo defende um pacto nacional entre as empresas do setor no intuito de conseguir os valores necessários, como foi feito anos atrás para popularizar a telefonia móvel. O executivo abriu ainda a recorrente discussão da carga tributária que pode chegar a 45% para as empresas de telecomunicações. “Não faz sentido nosso setor pagar mais imposto do que as indústrias de armas e de perfumes, por exemplo”, condenou.
Envolvido no projeto de renovação da TIM, Luca Luciani, presidente da operadora, afirmou que além de incentivar o brasileiro a utilizar mais os serviços de voz, a empresa está focada também em investir na internet móvel para aumentar a receita média gerada pelo usuário oferecendo serviços de valor adicionado. “Temos previstos R$ 7 bilhões em investimentos no Brasil para os próximos anos. Queremos levar aos nossos clientes – que no Brasil são especialmente exigentes – a imagem de empresa inovadora apresentando novidades constantemente”, disse o executivo.