Futuro da TV no celular



(artigo do M&M Online)


Coexistência de ofertas diferenciadas de serviços vão atender realidades e poder de compra de grupos distintos da população. Produção de conteúdo para telefonia móvel ainda é cara e sem escala de transmissão


por Sandra Silva



Como será o futuro do mercado de TV no celular? Essa foi a pergunta sugerida no painel de fechamento da 8ª edição do Tela Viva Móvel, em São Paulo, nesta quinta-feira, 21. O gerente de serviço de valor adicionado da TIM, Alexandre Buono, acredita que vários modelos vão coexistir no mercado brasileiro, oferecendo diversas soluções de TV e vídeo no celular de acordo com a realidade social e poder de compra das camadas da população.

As oportunidades de fazer a publicidade acontecer no celular e o alto grau de fidelidade registrados nos serviços de telefonia móvel no País são fatores motivadores. Na opinião de Buono, a pequena quantidade de aparelhos equipados para o recebimento das imagens de TV e o desconhecimento do usuário sobre o serviço são ainda os fatores negativos para o crescimento da TV no celular.

O conteúdo adulto, em média, representa de 60% a 80% do conteúdo de downloads de vídeo em celulares no Brasil e o público é na maioria homem. Segundo Buono, são feitos diariamente 5.400 downloads de conteúdo de sexo no celular no País. “Na TIM, o segundo canal mais assistido é de conteúdo adulto. Mas o conteúdo mais assistido é comédia e ficção”, afirma.

A diretora de mídias digitais e novos negócios da MTV, Sandra Jimenez, informa que no canal há espaço para todas as formas de distribuição de conteúdo em vídeo, no projeto MTV Segunda Pele Digital – leia aqui para saber mais.

Diariamente são editadas quatro horas de programação da MTV com veiculação no dia seguinte, disponível em todas as operadoras de celular do País.”Há espaço para produção nova, mas há muito reaproveitamento também, em material editado em programetes de 15 minutos e de um minuto e meio. Cerca de 93% do nosso público tem celular, 64% é pré-pago e 36% pós pago. Reaproveitamos o conteúdo da TV porque produzir conteúdo no celular é caro e não há escala de transmissão. Mas não adianta só cortar e colocar no menu do aparelho, porque o jovem usa a mesada dele para assistir o canal no celular”, explica.

A diretora da MTV acredita ser necessária regulamentação futura do mercado de publicidade multiplataforma. “O cliente pede para colocar no ar na TV, no portal e no celular e nem sempre a velocidade de cada canal é a mesma. Você já não consegue cobrar na internet porque o usuário sabe que pode conseguir o conteúdo de graça. Não é possível controlar os movimentos que acontecem. Apenas ver que oportunidades essas mudanças criam”.

Começam a surgir também no mercado soluções para nichos de consumidores. A M1nd Lab é programadora independente de TV por assinatura para celular com serviços de TV por assinatura para 217 modelos de equipamentos – e também para iPhone e Blackberry.

A Telegent ofecere chip para sinal de TV analógica no celular e já conta com mais de um milhão de chips vendidos mas com sinal de qualidade inferior à TV digital. Além do Brasil a empresa atua também no México e Argentina.

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