(Como sou ex-diretor da ABA, Associação Brasileira de Anunciantes, fui convidado e participei da recepção pelos 50 anos da entidade. Infelizmente, não tive oportunidade de participar do seminário, que trouxe a São Paulo figuras importantes no cenário da publicidade mundial. Para minha sorte, e a dos meus leitores, meu amigo Luiz Alberto Marinho estava lá e, como sempre, resumiu o encontro com precisão e felicidade. Eis o relato do Marinho, reproduzido da sua coluna no Blue Bus.)
Para marcar os seus 50 anos de existência, a ABA – Associaçao Brasileira de Anunciantes resolveu promover em conjunto com a WFA – World Federation of Advertiser (Federaçao Mundial de Anunciantes) um evento de alto nível. Em apenas 1 dia, executivos de marketing, agencias, veículos e fornecedores se espremeram nas acanhadas instalaçoes do Hotel Renaissance, em SP, para ouvir pesos pesados como Maurice Levy, CEO da Publicis, Simon Clift, CMO da Unilever, Johan Jervoe, VP de Marketing do McDonald´s, Chris Burggraeve, CMO da AB Inbev e Bob Liodice, presidente da ANA – Associaçao Americana de Anunciantes.
Foram ao todo 4 sessoes, falando sobre marcas, métricas, relaçoes governamentais e crise. Em resumo, o recado foi o seguinte – em tempos difíceis, a saída é investir nas marcas de uma maneira mais interativa, relevante, divertida e mensuravel. Um bom exemplo foi dado por Simon Clift, CMO da Unilever, que mostrou como sua empresa obtem bons resultados por meio do que ele chama de “marketing social” – cada marca abraça uma causa capaz de melhorar a vida de seus consumidores. Assim, Dove promove a auto estima das mulheres, Ben & Jerry´s combate o aquecimento global, Lifebuoy estimula o hábito de lavar as maos e Knorr difunde o valor das refeiçoes em família.
Foram ao todo 4 sessoes, falando sobre marcas, métricas, relaçoes governamentais e crise. Em resumo, o recado foi o seguinte – em tempos difíceis, a saída é investir nas marcas de uma maneira mais interativa, relevante, divertida e mensuravel. Um bom exemplo foi dado por Simon Clift, CMO da Unilever, que mostrou como sua empresa obtem bons resultados por meio do que ele chama de “marketing social” – cada marca abraça uma causa capaz de melhorar a vida de seus consumidores. Assim, Dove promove a auto estima das mulheres, Ben & Jerry´s combate o aquecimento global, Lifebuoy estimula o hábito de lavar as maos e Knorr difunde o valor das refeiçoes em família.
A mensagem principal do evento, entretanto, deveria ser a do otimismo. O painel final foi sobre como crescer em tempos recessivos. Nos intervalos entre as palestras frases otimistas eram projetadas na tela e um texto assinado pela LCA Consultores publicado no programa do evento explicava porque a crise nao afetaria tao fortemente nosso pais. Porem, o anuncio da queda de 3,6% no PIB, estampada com alarde na capa de todos os jornais de hoje, atrapalhou os planos. A propria LCA me disse que esta revendo suas projecoes em funcao dos novos dados. Indiferente as mas noticias, Maurice Levy esbanjou bom humor ao dar suas dicas de como vencer a crise na palestra de encerramento do evento – “Medo nunca foi um bom conselheiro. Nao existe uma solucao unica para todos os problemas. Conheca seus diferenciais e nao iniba mudancas e inovacoes por causa da crise” – receitou. Foi aplaudido intensamente por uma plateia avida por boas noticias.