A Monsanto, empresa de agroquímicos que alcançou notoriedade por seus pesticidas agrícolas e organismos geneticamente modificados, teria trabalhado incansavelmente para desacreditar jornalistas investigativos que têm publicado artigos criticando a empresa – e até pagou ao gigante de buscas Google para suprimir o que eles eventualmente descobriram. Um exemplo gritante disso envolve Carey Gillam, jornalista da Reuters, que tem investigado os efeitos sobre a saúde dos produtos da Monsanto há alguns anos. Continue lendo…
O extremo liberalismo econômico é ruim para os negócios? Este estudo mostra que sim
Vamos combinar: os extremos costumam ser contraproducentes em todas as atividades humanas. Até as menos terrenas, como indica a escola budista Madhyamaka, ou Escola do Caminho do Meio . Resumindo essa filosofia a uma frase, “não se pode afirmar nada definitivamente sobre a realidade última do mundo”. Aplicando-a ao momento presente, e não apenas no Brasil, temos, de um lado, aqueles que querem o estado comandando a economia; do outro, aqueles que dizem que tudo tem que ser privado, que o estado não deve se meter em nada. Estes costumam sacar rápido os exemplos das sociedades ditas socialistas que existiam na “cortina de ferro”, e Cuba, e Venezuela, reduzindo as complexidades que as assolavam ao fato de serem economias estatais (no caso da Venezuela, a impropriedade do exemplo ainda é mais gritante), ao mesmo tempo em que usam exemplos, como os EUA, que estão longe, bem longe, de serem uma economia onde realmente impera o laissez-faire puro sangue.
A bem da verdade, pode-se argumentar que o liberalismo econômico extremado, economias onde os estados nacionais são totalmente afastados do comando, só ocorre em países periféricos, geralmente movidos por, digamos assim, interesses inconfessáveis, muitas vezes concretizados por “fundos abutres“. E há, acima de tudo, uma mentalidade de valorização da ganância, da busca desenfreada por lucros que sempre esteve por trás de uma variedade do capitalismo, o dito “capitalismo selvagem”, que ressurgiu na década de 80, com o reaganismo nos EUA e o thatcherismo na Inglaterra, e que ganhou força nos últimos anos.