Se você pensar um pouco, desafia Michael Kassner, no site Techopedia , verá que Big Data e agricultura nasceram uma para a outra. Traduzo e adapto o artigo a partir de agora.
Por um lado, segundo Kassner, a agro-indústria tem dados suficientes para fazer feliz mesmo o analista de dados mais fanáticos. Por outro, os agricultores começam a descobrir que podem usar o que a tecnologia de Big Data faz melhor: decifrar montanhas de dados.
O primeiro exemplo elencado por Kassner é um agronegócio localizado no Salinas Valley, California, a Ocean Mist Farms. Chris Drew, gerente de produto da empresa, explicou que a tecnologia embarcada em seus conjuntos de sensores mede umidade do solo, condutividade do solo e condições atmosféricas. Essas informações são enviadas para os centros de dadosda John Deere via satélites ou celulares.
Nos datacenters, os algoritmos da John Deere processam os dados dos sensores e os combinam com outros dados históricos pertinentes, apresentando os resultados em um formato baseado na web que Drew e outros da Ocean Mist Farms usam para determinar quando regar, quando fertilizar e quanto adicionar água para que o fertilizante acabe onde é necessário – nas raízes da planta.
Essa tecnologia economiza água e fertilizantes, reduz custos, evitando que Drew precise cavar buracos exploratórios em campos que se estendem de horizonte a horizonte, e resultam em produtos mais baratos e melhores.
Outro exemplo veio de um documentário do The New York Times, Working the Land and the Data. O autor, Quentin Hardy, conversou com Kip Tom, um fazendeiro cuja família é proprietária há sete gerações da Tom Farms, e pediu para ele diagramar os diferentes dados com que sua fazenda opera. O slide acima foi o resultado.
Antigamente, os agricultores registravam tudo em livros. Quando vieram os computadores, eles passaram para planilhas eletrônicas, uma maneira bem melhor de acompanhar os dados das fazendas. No entanto, olhando para o diagrama acima, pode-se ver que as planilhas não são adequadas para compilar e dar sentido a todas essas informações. Daí, a importância da tecnologia de Big Data, que pode facilmente lidar com tudo isso.
A Tom Farms envia seus dados para provedores, os Agriculture Technology (ATP), através da nuvem. Um deles é a Monsanto, cuja plataforma de Big Data é chamada de Integrated Farming Systems. Depois de compilados e processados por algoritmos, os dados são apresentados em aplicativos da Web ou móveis que o Kip Tom e outros funcionários usam para descobrir o que está ocorrendo em sua fazenda.