Esta sexta-feira (11) marca um dia importante para os players que atuam no mercado de dispositivos móveis. Em uma tentativa desesperada de frear o crescimento acelerado de Apple e Google, a Nokia e a Microsoft anunciaram uma parceria que colocará o Windows Phone 7 nos próximos smartphones da finlandesa.
Revelada com entusiasmo pelo presidente-executivo da Nokia, Stephen Elop, a estratégia foi recebida com desconfiança, o que derrubou as ações da companhia em 11%. Elop chegou a alardear que “agora a corrida tem três cavalos”, mas a afirmação de que 2011 e 2012 serão “anos de transição” e estabelecimento da parceria deixou os investidores desconfiados.
Não é pra menos; a curso prazo, as margens da fabricante de celulares sofrerão impacto negativo. Depois desse período de transição, no entanto, espera-se crescimento da margem operacional em torno de “10% ou mais”.
Já para a Microsoft o acordo será vantajoso, porque a empresa vem tentando se estabelecer no mercado mobile há bastante tempo, mas acabou sufocada pelos lançamentos das concorrentes. A versão mais recente de seu sistema operacional já foi considerada por analistas uma tecnologia avançada, mas ainda não conseguiu se consolidar.
O problema é que o negócio tende a afastar outros fabricantes, de acordo com a analista da Gartner Carolina Milanesi. “Não vejo LG, Samsung, HTC instalando o Windows Phone em seus aparelhos. Eles estão apostando no Android”, comentou à agência Reuters. E a Nokia ainda decidiu bater de frente com o Google ao frisar que vai estabelecer o Bing, da Microsoft, como buscador padrão nos smartphones.