Está na hora de rever o que foi criado nos ultimos anos? Os 4 fantásticos, vestíveis, cérebro e narrativa, chatbots
Como em todo março, nos últimos anos, um número grande de pessoas de todo o mundo, ávidas por inovações, continuam afluindo para Austin, Texas, onde ocorre o festival South by Southwest. Mas este ano, aparentemente, encontraram menos do que buscavam e muito mais de um artigo que esteve ausente nos demais anos — reflexão. Jornalistas e críticos acostumados com a cena do festival comentaram que todos os sinais indicam não é mais hora de deslumbramento, chegou o momento de repensarmos tudo o que foi criado, inventado, imaginado até o ano passado, o fatídico 2016, e começar a pesar prós e contras, formas de aplicação que não sejam apenas operacionais, mas que impliquem em beneficios reais para a humanidade. Separamos algumas visões interessantes sobre o SXSW. Confira.
Segundo a Wired, ressacas são comuns nas manhãs do South by Southwest, considerando a quantidade de coquetéis e festas que ocupam suas noites. Este ano, porém, a ressaca tem um gosto ético, com o pessoal de tecnologia começando a enxergar, e a tentar corrigir, os problemas que eles mesmos criaram. É como se tivessem acordado e, em vez de sonhar com o próximo Uber ou o mais recente Meerkat, se vissem à frente do lado perigoso e destrutivo desses “brinquedinhos”. Este ano um “track” inteiro de painéis foi dedicado a discutir o futuro da tecnologia sob a presidência de Trump. E, em muitos outros, palestrantes relataram como as próprias plataformas que tinham o objetivo de promover um marketplace de ideias online tornaram-se máquinas de assédio e desinformação. Em um painel entitulado “Dark Days: AI and the Rise of Fascism”, Kate Crawford, pesquisadora da Microsoft, alertou que sistemas com inteligência artifical fornecem a cobertura perfeita para autocratas que querem demonizar vasts faixas de pessoas sem serem responsabilizados. Como prova, ela apresentou uma pesquisa chinesa, usando inteligência artificial, que pretendia prever a criminalidade baseada nos traços faciais das pessoas. No final, apenas as pessoas cujos rostos pareciam mais diferentes o sistema identificava como criminosos.
Um artigo do site Consumidor Moderno resumiu a palestra de James Schad, fundador da We Grow Startups, consultoria voltada para startups e empresas de crescimento acelerado, que resolveu estudar de que maneira hoje os mais criativos e intensos esforços de marketing e comunicação da maior parte das empresas, das mais variadas indústrias vão, de uma forma ou de outra, para o bolso dos 4 Fantásticos, Google, Amazon, Facebook e Apple. Qual o poder e o alcance dessas empresas que moldaram a era digital, a sua vida e o seu futuro, questionou ele. Algumas características definem esse poder, como por exemplo o fato de serem dominantes em pelo menos um mercado: Facebook em fãs, Amazon no comércio eletrônico, Google nas buscas, e Apple nos smartphones de alta capacidade. O Facebook e o Google detém os 8 Apps mais usados do mundo. É provável que estejamos vivenciando o duopólio de aplicativos combinados Google e Facebook. Suas receitas advém da publicidade – 86% no Google e 97% no Facebook. A Amazon, contudo, domina as buscas relacionadas ao varejo. Isso pode sinalizar que as buscas começarão a ser inchadas e especialistas em oferta e organização por assunto surgirão. As buscas originadas por uso de voz crescem rapidamente, principalmente nos EUA. A apresentação de James Schad joga luz sobre o controle absurdo e sem paralelo da publicidade e da distribuição de conteúdo digital atualmente. Mas eles aposta que um dos 4 fantásticos sucumbirá e um irá ascender como dominante. “Amazon vence o jogo por que sua receita não depende uma fonte apenas. Facebook é a aposta para a queda. Este já não é o brinquedo favorito de Zuckerberg. Ser o novo Trump parece ser seu foco”.
Como em todo março, nos últimos anos, um número grande de pessoas de todo o mundo, ávidas por inovações, continuam afluindo para Austin, Texas, onde ocorre o festival South by Southwest. Mas este ano, aparentemente, encontraram menos do que buscavam e muito mais de um artigo que esteve ausente nos demais anos — reflexão. Jornalistas e críticos acostumados com a cena do festival comentaram que todos os sinais indicam não é mais hora de deslumbramento, chegou o momento de repensarmos tudo o que foi criado, inventado, imaginado até o ano passado, o fatídico 2016, e começar a pesar prós e contras, formas de aplicação que não sejam apenas operacionais, mas que impliquem em beneficios reais para a humanidade. Separamos algumas visões interessantes sobre o SXSW. Confira.
Segundo a Wired, ressacas são comuns nas manhãs do South by Southwest, considerando a quantidade de coquetéis e festas que ocupam suas noites. Este ano, porém, a ressaca tem um gosto ético, com o pessoal de tecnologia começando a enxergar, e a tentar corrigir, os problemas que eles mesmos criaram. É como se tivessem acordado e, em vez de sonhar com o próximo Uber ou o mais recente Meerkat, se vissem à frente do lado perigoso e destrutivo desses “brinquedinhos”. Este ano um “track” inteiro de painéis foi dedicado a discutir o futuro da tecnologia sob a presidência de Trump. E, em muitos outros, palestrantes relataram como as próprias plataformas que tinham o objetivo de promover um marketplace de ideias online tornaram-se máquinas de assédio e desinformação. Em um painel entitulado “Dark Days: AI and the Rise of Fascism”, Kate Crawford, pesquisadora da Microsoft, alertou que sistemas com inteligência artifical fornecem a cobertura perfeita para autocratas que querem demonizar vasts faixas de pessoas sem serem responsabilizados. Como prova, ela apresentou uma pesquisa chinesa, usando inteligência artificial, que pretendia prever a criminalidade baseada nos traços faciais das pessoas. No final, apenas as pessoas cujos rostos pareciam mais diferentes o sistema identificava como criminosos.
Um artigo do site Consumidor Moderno resumiu a palestra de James Schad, fundador da We Grow Startups, consultoria voltada para startups e empresas de crescimento acelerado, que resolveu estudar de que maneira hoje os mais criativos e intensos esforços de marketing e comunicação da maior parte das empresas, das mais variadas indústrias vão, de uma forma ou de outra, para o bolso dos 4 Fantásticos, Google, Amazon, Facebook e Apple. Qual o poder e o alcance dessas empresas que moldaram a era digital, a sua vida e o seu futuro, questionou ele. Algumas características definem esse poder, como por exemplo o fato de serem dominantes em pelo menos um mercado: Facebook em fãs, Amazon no comércio eletrônico, Google nas buscas, e Apple nos smartphones de alta capacidade. O Facebook e o Google detém os 8 Apps mais usados do mundo. É provável que estejamos vivenciando o duopólio de aplicativos combinados Google e Facebook. Suas receitas advém da publicidade – 86% no Google e 97% no Facebook. A Amazon, contudo, domina as buscas relacionadas ao varejo. Isso pode sinalizar que as buscas começarão a ser inchadas e especialistas em oferta e organização por assunto surgirão. As buscas originadas por uso de voz crescem rapidamente, principalmente nos EUA. A apresentação de James Schad joga luz sobre o controle absurdo e sem paralelo da publicidade e da distribuição de conteúdo digital atualmente. Mas eles aposta que um dos 4 fantásticos sucumbirá e um irá ascender como dominante. “Amazon vence o jogo por que sua receita não depende uma fonte apenas. Facebook é a aposta para a queda. Este já não é o brinquedo favorito de Zuckerberg. Ser o novo Trump parece ser seu foco”.
Outro artigo do Consumidor Moderno discutiu a questão dos vestíveis. O painel, que reuniu Juan Hinestroza, PHD, professor da Cornell University, Jenna Guarascio, futurista e geradora de ideias, e Sean Montgomery, engenheiro, educador e artista de novas mídias, defendeu o uso da tecnologia como uma ferramenta naturalmente associada à moda. É bastante difícil fazer essa conexão, destacou Guarascio, pois tudo está disponível, mas a execução é quase impossível. Nesse sentido, Montgomery comentou que existe um número absurdo de dados, mas é necessário encontrar formas de entregar informações bem trabalhadas para as pessoas. E Hinestroza falou sobre como seria interessante perceber o aprendizado de desenvolvimento de tecnologias voltadas para algo nas universidades – e não uma evolução sem motivo. “A velocidade da tecnologia tem sido tão rápida que não temos a utilizado da forma correta”, destacou. Para Jenna, o futuro em termos de combinação entre tecnologia e moda precisa englobar questões de storytelling. “Não usamos vestíveis porque são relógios bons, mas levamos em conta também a questão do design. Então, os produtos precisam ter uma história por trás dele”. A conclusão é que o maior desafio enxergado desse cenário é que ainda precisa haver uma adaptação até mesmo dos varejistas para fazer com que a tecnologia passe a ser adotada, porque é algo que passa por todos os aspectos da cadeia de produção.
O Meio&Mensagem fez uma boa cobertura do SXSW. Em um dos artigos mais interessantes, resumiu o painel apresentado por Chris Graves, fundador e atual presidente da Ogilvy Center for Behavioral Science, e chairman da agência de PR da rede: “Cérebro, Comportamento, História: Narrativas que Transformam sua Cabeça”. Chris pontuou as diferentes formas que o público reage à comunicação em sua correlação com a convivência social, a influência política e a análise de conteúdo. Nessa jornada, pesquisas científicas, principalmente a partir da invenção da ressonância magnética, provaram que o cérebro responde de forma mais sensível e enfática quando uma conexão empática é construída, principalmente por meio de narrativas sensíveis, que colocam a audiência numa posição de similaridade com o sujeito da história. Chris destacou quatro orientações básicas para fazer valer um argumento na hora de construir uma história: Discutir os fatos não ajuda, só piora a situação; Repetir um mito inadvertidamente só o populariza; Uma afirmação funciona, mas raramente usamos isso; e Nós constantemente subestimamos o poder da narrativa. Como exemplo, ele mostrou duas campanhas que, segundo ele, conseguiram estabelecer um elo harmonioso entre história e público com sensibilidade e sem julgamentos: Expedia Travel (https://youtu.be/-CzSeFHrSfM) e Google Chrome (https://youtu.be/R4vkVHijdQk).
O IDGNow cobriu um painel sobre boas práticas em bot, em que participaram Laura Newton, gerente de produtos da Kik, e Omar Siddiqui, CEO da Kiwi, empresa criadora da plataforma bot Sequel. Eles compartilharam não apenas o que aprenderam, mas também ofereceram alguns insights importantes. Abriram a sessão com uma situação conhecida por todos: pessoas fazem cada vez menos downloads de aplicativos. No entanto, as pessoas estão gastando mais tempo do que nunca com seus telefones, especialmente as mais jovens. Onde elas gastam esse tempo? No bate-papo! A conversação se tornará a principal interface com o usuário. Para eles, os bots são uma onda recente e têm muito potencial porque geram menos atrito (não há necessidade de download, criação de conta, etc) e estão integrados com canais já existentes (não há identidade nova dos usuários, inserção dentro de plataformas existentes). Além disso, permitem conexões mais profundas (comunicação um a um, entre consumidores e marcas). Os bots, segundo eles, vão mudar a forma como as empresas interagem com as pessoas, porque eles estarão onde as pessoas têm gastado a maior parte do seu tempo. E se as empresas os construírem de uma forma interessante e conhecerem a jornada do cliente, então, serão capazes de criar pontos de contato orgânicos, únicos e de fato efetivos.
Quanto às boas práticas propriamente ditas, deram as seguintes dicas:
1 – Desenvolva com foco na conversação: Considere a estrutura, o ritmo da conversa e o design para isso. Você está num espaço íntimo, onde as pessoas estão falando sobre seus amigos e família. Então, mantenha esse ambiente pessoal.
2 – Comece simples: Defina claramente o propósito do seu bot e compre essa ideia! Inicialmente, os bots podem seguir um processo similar ao de um aplicativo móvel, quando as pessoas tentavam adicionar todas os recursos possíveis nele. Não tente fazer isso! Seu bot pode fazer uma única coisa e fazê-la bem feita já é sensacional. A simplicidade não deve impedi-lo de ser criativo. Seu bot deve ter foco em prestar um serviço único e bem feito, com bom gosto e criatividade.
3 – Conheça sua audiência: Crie experiências que atendam os usuários em seu meio. Você precisa estar ciente não apenas de quem está falando no seu bot, mas também conhecer a plataforma que está utilizando. É preciso assegurar uma combinação entre esses dois fatores, para gerar conversas naturais dentro de cada contexto.
4 – Seja social: Melhore suas experiências digitais e físicas. Bots são alimentados por conversas, que são um meio social natural. Facilite um bate-papo cativante, estendendo a conversa em andamento.
5 – Foque em bom conteúdo: Crie um conteúdo apropriado ao contexto da conversa e que os consumidores desejem compartilhar através de um meio único e fácil, como um simples clique.
2 – Comece simples: Defina claramente o propósito do seu bot e compre essa ideia! Inicialmente, os bots podem seguir um processo similar ao de um aplicativo móvel, quando as pessoas tentavam adicionar todas os recursos possíveis nele. Não tente fazer isso! Seu bot pode fazer uma única coisa e fazê-la bem feita já é sensacional. A simplicidade não deve impedi-lo de ser criativo. Seu bot deve ter foco em prestar um serviço único e bem feito, com bom gosto e criatividade.
3 – Conheça sua audiência: Crie experiências que atendam os usuários em seu meio. Você precisa estar ciente não apenas de quem está falando no seu bot, mas também conhecer a plataforma que está utilizando. É preciso assegurar uma combinação entre esses dois fatores, para gerar conversas naturais dentro de cada contexto.
4 – Seja social: Melhore suas experiências digitais e físicas. Bots são alimentados por conversas, que são um meio social natural. Facilite um bate-papo cativante, estendendo a conversa em andamento.
5 – Foque em bom conteúdo: Crie um conteúdo apropriado ao contexto da conversa e que os consumidores desejem compartilhar através de um meio único e fácil, como um simples clique.