Uma coisa é certa: ainda não dá para prometer não voltar a falar do Eike Batista e os problemas com as empresas X. Mas já para ter alguma esperança disso. Na semana passada, o Tribunal de Justiça do Rio confirmou que a OGX entrou com pedido de recuperação judicial. Daqui para frente, a empresa, que soma dívidas estimadas em cerca de 4 bilhões de dólares, entra num longo processo de reestruturação.
Mas não será fácil. Porque um dos maiores ativos que uma empresa, ou mesmo uma pessoa, acumula é medida em confiança. E essa riqueza foi jogada fora. Ou, talvez, ainda esteja sendo. Também na semana passada a Folha de S. Paulo publicou artigo onde se afirma que um ano antes de a real situação da OGX vir à tona, estudos feitos a pedido da diretoria da petroleira de Eike Batista já indicavam que as principais áreas de exploração de petróleo da companhia na Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, poderiam ter reservas equivalentes a apenas 17,5% do que fora divulgado ao mercado. Essa informação estaria em documentos da própria OGX.
Outra novela cujos capítulos continuam a ser exibidos é a venda da Blackberry. Segundo informações publicadas pelo Estadão, as negociações intensificaram-se depois que três potenciais pretendentes conversaram na sexta-feira, 1, sobre a possibilidade de unir forças para fazer uma proposta pela empresa antes desta segunda-feira, 4, prazo final para recebimento de ofertas.
Uma notícia que pode apontar uma tendência vem do mercado financeiro: o BicBanco, instituição financeira voltada ao segmento de pequenas e médias empresas, anunciou nesta semana a venda de seu controle para o China Construction Bank(CCB), o segundo maior banco comercial daquele país, por 1,62 bilhão de reais.
Outra clara tendência é o declínio da mídia tradicional. Na semana passada, The New York Times publicou um relatório sobre os resultados financeiros do terceiro trimestre e, pelo nono período consecutivo, houve quedas das receitas de publicidade. Tanto no impresso como no digital, o que prova que as empresas não estão conseguindo conter a migração para empresas de internet “puro-sangue”, como Twitter, Facebook e, principalmente, Google.
No setor das mídias sociais, a bomba da semana foi uma carta aberta publicada por Nate Elliott, vice-presidente e principal analista da Forrester Research e dirigida a Mark Zuckerberg. Na frase que abre a carta, Elliott já demonstra toda sua decepção: “Facebook is failing marketers”. E ele segue, citando uma pesquisa da Forrester com 395 executivos de grandes empresas americanas, canadenses e inglesas, a partir da qual conclui que “o Facebook cria menos valor comercial do que qualquer outra propriedade de marketing digital”.
Já a novidade do Google+ foi o anúncio da expansão de disponibilidade de URLs customizadas. Para ter esse direito, você tem que atender os seguintes critérios: ter uma foto de perfil, pelo menos 10 seguidores e uma conta com mais de 30 dias.
Fontes: Exame, Folha, Estadão, Portal Abemd, Silicon Valley Watcher, Social Media Examiner