Os protestos continuam nas ruas, mas correm o risco de se tornar um mero incômodo, na medida em que ações efetivas começam a ser anunciadas.
O que também não sai das manchetes de negócio é a crise das empresas do Eike Batista. A novidade (?) da semana passada foi o anúncio da venda de mais empresas. Depois do Hotel Glória e da IMX, o controlador do grupo EBX estaria negociando o Porto Sudeste, que integra a sua mineradora MMX, para a Glencore Xstrata.
Na esteira da crise do grupo, mudanças no conselho de administração da companhia OGX, braço petroleiro do grupo. Pedro Sampaio Malan, Rodolpho Tourinho Neto e Ellen Gracie Northfleet não fazem mais parte dele. A OGX não informou se os nomes serão ou não substituídos.
Outra crise, menor, nem por isso menos importante, ronda o Grupo Pão de Açúcar. Na quinta, Claudio Galeazzi deixou o seu Conselho de Administração por estar desconfortável com alegações do controlador da varejista, o Casino, de conflito de interesse por seus serviços de consultoria à produtora de alimentos BRF.
Positivamente, outra empresa que vem se movimentando bastante é o BTG Pactual. Depois de comprar 50% das operações da Petrobras na África, o banco pode criar uma empresa para explorar o setor. A participação que possui na OGX também pode ser útil, no que diz respeito a expertise da empresa sobre o mercado de petróleo.
Também positiva é a notícia de que a Embraer e a Boeing farão uma parceria para a promoção e a venda da aeronave multi-missão de transporte militar de médio porte e reabastecimento aéreo, o KC-390, da fabricante brasileira. A Boeing vai liderar as campanhas de vendas, oferecendo também suporte e treinamento, nos Estados Unidos, no Reino Unido e em mercados selecionados do Oriente Médio. Já a Embraer irá fabricar a aeronave e colaborar nas vendas, suporte e treinamento.
As notícias foram boas também para as companhias aéreas brasileiras. Todos os indicadores de mercado apresentaram melhora, em maio, para as cinco maiores companhias brasileiras, TAM, GOL, Avianca, Azul e Trip. A TAM continua na liderança do setor de aviação brasileiro, seguida pela GOL, segundo dados da ABEAR – Associação Brasileira das Empresas Aéreas.